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Duisenberg diz riscos de pressões inflacionistas descem na Zona Euro

O presidente do BCE, Wim Duisenberg, afirmou hoje os riscos para a estabilidade dos preços na Zona Euro diminuíram e que o abrandamento económico deverá conter as pressões inflacionistas nos próximos tempos, no dia em que o BCE baixou as taxas para 4,5%.

10 de Maio de 2001 às 16:07
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O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg (na foto), afirmou hoje os riscos para a estabilidade dos preços na Zona Euro diminuíram e que o abrandamento económico deverá conter as pressões inflacionistas nos próximos tempos, no dia em que o BCE baixou as taxas para 4,5%.

«Os riscos para estabilidade dos preços registaram alguma diminuição» nos últimos tempos, afirmou Duisenberg, sublinhando que «a moderação do ritmo de crescimento real do produto interno bruto (PIB) vai conter as pressões inflacionistas no futuro».

As afirmações de Duisenberg foram proferidas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho dos Governadores do BCE, que decidiu baixar a taxa directora da autoridade monetária europeia, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5%.

Segundo o mesmo responsável, a subida da inflação nos últimos tempos esteve relacionada com «efeitos temporários», nomeadamente o aumento dos preços do petróleo e a desvalorização do euro que decorreram no ano passado, conjugados com o crescimento dos preços dos produtos alimentares desde o início deste ano, devido à doença das vacas loucas.

Duisenberg defendeu que, tendo em conta estes factores, «deverá demorar algum tempo até atingirmos a estabilidade dos preços», referindo, no entanto, que «todas as previsões disponíveis apontam para a descida da inflação a médio prazo».

Em Março, a inflação da Zona Euro cresceu para os 2,6%, acima da meta de 2% traçada pelo BCE. Segundo estimativas da Comissão Europeia, este indicador deverá situar-se nos 2,2% no final do corrente ano.

O dirigente da autoridade monetária europeia referiu que «a moderação salarial tem sido um factor muito positivo», pelo que o crescimento dos salários na zona da moeda única não deverá levar ao aumento das pressões inflacionistas no futuro.

O mesmo responsável afirmou ainda que o abrandamento económico dos Estados unidos (EUA) deverá ter «um impacto limitado na Zona Euro».

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