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Despesa mensal das famílias aumenta em média 20% com chegada do primeiro filho

Despesas familiares no setor do retalho aumentam mais de 50% após o nascimento do primeiro filho. Gastos com saúde, eletricidade e água também sobem. Por outro lado, verifica-se uma redução nos gastos com transportes e atividades de lazer.

As alterações às licenças entram em vigor a 1 de maio e aplicam-se ao público e ao privado. Licenças já em curso podem ser abrangidas, pelo menos no Estado.
Victor Ruiz Garcia/Reuters
23 de Maio de 2023 às 11:33
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A despesa mensal das famílias aumenta, em média, 20% com o nascimento do primeiro filho, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE) numa publicação feita esta terça-feira. As despesas no setor do retalho são as que mais aumentam, enquanto se verifica uma redução nos gastos com transportes e atividades de lazer.

"Estima-se que, em média, o nascimento do primeiro filho resulta num aumento da despesa mensal agregada em 20% nos primeiros seis meses após o nascimento quando comparado com o período anterior à gravidez", indica o INE, que para esta análise passou em revista a despesa mensal declarada via e-Fatura antes e após o nascimento do primeiro filho dos agregados familiares que constam do IRS.

O aumento da despesa mensal após o nascimento do primeiro filho deve-se sobretudo ao aumento de "52% nas despesas no setor do retalho, 36% na saúde, 16% na eletricidade e gás e 9% na água". No sexto mês após o nascimento, "observa-se também um aumento nas despesas com educação", que estabiliza "em torno de um aumento permanente de 26,3% a partir do nono mês de vida" da criança.

Mas as despesas mensais das famílias à espera do primeiro filho começam a subir ainda antes de nascer a criança. Os dados mostram que o aumenta começa "a partir do quarto mês de gravidez" e acentua-se nos três meses anteriores ao nascimento, "nos quais a despesa é em média 16,8% superior aos níveis de despesa que antecedem a gravidez".

Assim que a criança nasce, a despesa do agregado familiar regista um pico, com os gastos a serem "em média 19,7% superiores nos primeiros seis meses após o nascimento em comparação com os meses anteriores ao início da gravidez".

Gastos com transportes e lazer caem
Por outro lado, "o efeito final na despesa agregada pelo nascimento do primeiro filho é atenuado pela redução de despesas
relacionadas com transportes e com atividades de lazer". O INE destaca que esse tipo de despesas tem "uma redução progressiva a partir do quarto mês de gravidez, atingindo o valor mínimo no mês seguinte ao nascimento do primeiro filho, recuperando daí em diante".

"Nos seis meses após o nascimento, as despesas com transportes diminuem 34% quando comparadas com o período anterior ao início da gravidez", nota o INE. Já as despesas com alojamento e restauração diminuem 31%.

As despesas com transportes, atividades recreativas, alojamento e restauração começam progressivamente a aumentar a partir do segundo mês de vida do filho, mas "nunca atingindo os níveis observados nos meses anteriores ao início da gravidez". Só as despesas com alojamento e restauração conseguem superar os níveis anteriores aos do início da gravidez, um ano depois do nascimento, com uma subida média de 4,2%.

(Notícia atualizada às 11:44)
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