A taxa de desemprego em França aumentou para os 8,9% em Julho, surpreendendo os analistas, que previam a manutenção deste indicador nos 8,8%, enquanto o número de desempregados registou o maior crescimento mensal dos últimos cinco anos, anunciou o instituto de estatísticas INSEE.

O número de desempregados na segunda maior economia da Zona Euro cresceu em 57 mil em Julho, o incremento mensal mais elevado desde Fevereiro de 1996, superando as previsões que apontavam para a existência de 10 mil novos desempregados.

O aumento do número de desempregados surgiu na sequência de várias empresas, entre as quais a Alcatel, fabricante de equipamentos para telecomunicações, terem anunciado recentemente despedimentos, na tentativa de reduzirem custos e adequarem os seus níveis de produção à procura existente no mercado.

Os números divulgados hoje indiciam que a economia francesa poderá continuar a abrandar ao longo dos próximos meses, à semelhança do que se espera para alguns dos restantes países que integram a Zona Euro.

No decorrer desta semana, o Governo da Alemanha, a maior economia da zona da moeda única, anunciou que o produto interno bruto (PIB) daquele país estagnou no segundo trimestre deste ano, o que poderá levar à revisão em baixa das estimativas para o crescimento da economia germânica em 2001.

O Banco Central Europeu (BCE) baixou ontem a sua taxa de juro de referência em 25 pontos base para os 4,25%, efectuando a segunda redução desde o início do ano, na tentativa de estimular a economia da Zona Euro.

A descida dos juros costuma contribuir para o aumento do consumo e do investimento, devido à diminuição dos encargos afectos aos empréstimos contraídos por particulares e empresas.