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Desemprego atinge taxa mais alta dos últimos seis anos
A taxa de desemprego em Portugal ascendeu aos 6,4% em 2003, aumentando 1,3 pontos percentuais em relação a 2002, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta foi a taxa mais alta registada desde 1997.
A taxa de desemprego em Portugal ascendeu aos 6,4% em 2003, aumentando 1,3 pontos percentuais em relação a 2002, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta foi a taxa mais alta registada desde 1997, mas ainda assim ficou abaixo das previsões da Comissão Europeia, que apontavam para um valor de 6,6%.
O desemprego afectou 344,5 mil pessoas em 2003, o que representa um aumento de 26,5% em relação ao ano anterior, em que o desemprego atingiu 272,3 mil indivíduos. Segundo o INE este crescimento ficou a dever-se ao maior número de homens desempregados – mais 32,6% do que em 2002.
Em termos trimestrais também se registou um aumento. No quarto trimestre de 2003 a taxa de desemprego foi de 6,6%, crescendo 0,4 pontos percentuais face ao período homólogo do ano anterior e 0,3 pontos percentuais em relação ao trimestre precedente.
A taxa de actividade de 2003 manteve o mesmo valor do ano anterior, situando-se nos 51,8%. De acordo com os dados apresentados pelo INE, o crescimento do desemprego verificou-se sobretudo nos indivíduos com idade superior a 45 anos. Ainda assim o número de desempregados na situação de «procura de primeiro emprego» cresceu 28,3% durante 2003.
O índice de volume de trabalho dos diversos sectores de actividade durante o quarto trimestre sofreu uma redução de 0,8% de variação homóloga e trimestral. O sector «Indústria, Construção, Energia e Água» foi mais afectado na comparação homóloga, perdendo 6,7%, enquanto o sector «Agricultura, Silvicultura e Pesca» registou a maior quebra (7,3%) na variação trimestral.
A região do Alentejo foi a que apresentou a taxa de desemprego mais alta no quarto trimestre de 2003, atingindo os 9,6%, ao passo que o valor mais baixo (3,6%) se registou nos Açores. As regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve foram as únicas que registaram diminuições na taxa de desemprego a nível anual.