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Défice comercial com países fora da UE aumenta no primeiro semestre

O défice da balança comercial de Portugal com países fora da União Europeia aumentou 14,9% no primeiro semestre, um crescimento que se explica com o avanço das importações superior às exportações, segundo dados divulgados hoje pelo Instituo Nacional de Es

14 de Setembro de 2004 às 11:18
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O défice da balança comercial de Portugal com países fora da União Europeia aumentou 14,9% no primeiro semestre, um crescimento que se explica com o avanço das importações superior às exportações, segundo dados divulgados hoje pelo Instituo Nacional de Estatística (INE).

Os dados preliminares do comércio extracomunitário registaram um aumento de 7,9% nas exportações e 10,6% nas importações nos primeiros seis meses do ano, em termos homólogos. O défice comercial ascendeu aos 2,368,6 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 14,9% face ao mesmo período do ano passado, com uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 59,7%, face a 61,2% registadas em 2003.

Os principais parceiros comerciais, relativo às importações, foram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), os EUA, o Brasil, a EFTA e o Japão, com destaque para as transacções com o Brasil e os EUA que registaram uma variação positiva de 53,6% e de 24,5%, respectivamente, contrastando com a variação negativa de 17,9% nas transacções com a EFTA.

Nas exportações os principais parceiros comerciais foram os EUA, os PALOP e a EFTA, que no conjunto representam 49,7% do total, face a 54,5% que faziam em período homólogo. A queda mais acentuada foi a da EFTA com uma variação negativa de 26,9%.

Os principais produtos importados foram os combustíveis minerais, com uma variação de 18,5%, as máquinas e aparelhos que caíram 2%, mas representam12,6%, agrícolas com um crescimento de 8,5%.

As exportações foram impulsionadas pelas máquinas e aparelhos, com um aumento de 2,6%, pelos veículos e outro material de transporte com uma variação de 40,9%, pelas matérias têxteis com um crescimento de 3% e a madeira e cortiça que avançaram 4,2% neste período. Estes produtos representam 52,3% das exportações em 2004.

O INE justifica, em parte, a acentuada variação da exportação de veículos e outro material de transporte com a saída de diversas aeronaves objecto de reparação.

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