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Da direita à esquerda, vários partidos lamentam "data tardia" para eleições

PCP, Chega e Verdes lamentaram a data estipulada para o povo português ir às urnas, ou seja, 10 de março. O Iniciativa Liberal indicou mesmo que o PS vai atrasar "mais uma vez" o país.

O Parlamento encerra a sessão legislativa esta quinta-feira, a primeira do atual mandato de António Costa à frente do Executivo.
João Cortesão
09 de Novembro de 2023 às 21:21
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A maior parte dos partidos lamentou a data que Marcelo Rebelo de Sousa marcou para as eleições, ou seja, para o próximo dia 10 de março, e reconheceu que a dissolução do parlamento era a única solução possível.

O presidente do Chega saudou hoje a decisão do Presidente da República de dissolver o parlamento e convocar eleições legislativas, mas lamentou que se realizem só após a aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano.

André Ventura disse que teria preferido que as eleições acontecessem no final de fevereiro, mas considerou que a "solução encontrada garantiu alguns equilíbrios", pois dá tempo para a eleição do novo secretário-geral do PS.

Também o PEV considera que "a data de 10 de março parece  tardia, tendo em conta que este Governo, bastante fragilizado, ficará em gestão por mais tempo".

"Mesmo o argumento de aprovação do Orçamento do Estado que já está em discussão na Assembleia da República, não colhe, na perspetiva do PEV, porque se trata de um mau orçamento que não resolverá os problemas com que o país hoje se confronta", acrescentam os Verdes em comunicado.

O PCP, através da voz da sua líder parlamentar Paula Santos, defendeu que "estas eleições deveriam ser realizadas mais cedo", refutando também o argumento da necessidade deste protelamento "protelamento em nome de um Orçamento do Estado que não dá resposta aos problemas que afetam os trabalhadores, o povo e o país", declarou.

O Iniciativa Liberal foi mais longe e não só lamentou a data como afirmou que o PS vai atrasar o país. "Há um arrastar, mais uma vez, da urgência de mudança e transformação devido à incapacidade do PS de agilizar as suas decisões. Mas espero mesmo que seja a última vez durante muito tempo que isso acontece", declarou o líder dos liberais, Rui Rocha. 

Já o líder parlamentar do Bloco de Esquerda, Pedro Filipe Soares, frisou que a data agendada pelo Presidente da República serve para "acautelar todos os procedimentos democráticos necessários para todos os partidos livremente irem com condições às eleições".

"Todos gostaríamos que fosse mais cedo, mas acho que em democracia também impera este valor de todos estarem capacitados para concorrer às eleições sem qualquer tipo de problemas", explicou.

Já o PAN, liderado por Inês Sousa Real, não se pronunciou sobre a data marcada por Marcelo para as eleições legislativas. Sobre o Orçamento de Estado - que será aprovado antes de Marcelo formalizar a demissão de António Costa - a líder do partido frisou que "este não é um orçamento PAN, mas pode ser um orçamento da Assembleia da República e pode ser um orçamento em que o Partido Socialista compreenda, talvez pela primeira vez, que o faça sair da bolha da sua maioria absoluta após todos estes episódios lamentáveis e como é evidente, condenáveis também, caso se venham a comprovar todas as acusações". 

O Livre optou por ideias mais genéricas na reação ao discurso do Presidente da República, afirmando "que é preciso mudar a prática política em Portugal, é preciso mudar a cultura de poder, tanto no poder político como no poder judicial". "Para isso é preciso uma vigilância serena por parte da cidadania, para não contribuir que este estiolar da situação política beneficie atores populistas, autoritários e que mesmo que agora tentem fazer-se passar por pele de cordeiro, na verdade quererão usar as regras da democracia para a subverter", acrescentou o deputado único do partido, Rui Tavares.

 

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