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Custos do trabalho aumentam mais de 5% no final de 2007

O Índice de Custo do Trabalho (ICT), excluindo a Administração Pública e corrigido dos dias úteis, foi de 143,7 no quarto trimestre de 2007, o que correspondeu a um aumento de 5,1% face ao mesmo período do ano anterior e a mais 2,1 pontos percentuais que

13 de Fevereiro de 2008 às 15:17
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O Índice de Custo do Trabalho (ICT), excluindo a Administração Pública e corrigido dos dias úteis, foi de 143,7 no quarto trimestre de 2007, o que correspondeu a um aumento de 5,1% face ao mesmo período do ano anterior e a mais 2,1 pontos percentuais que a variação homóloga registada no quarto trimestre de 2006, refere o último relatório do INE.

Em termos médios anuais, a taxa de variação do ICT foi de 4%, o que representou mais 2,3 pontos percentuais do que em 2006.

Por sectores de actividade económica, nos últimos três meses do ano passado verificou-se um acréscimo do custo médio horário em quase todas as actividades económicas, principalmente devido à diminuição das horas efectivamente trabalhadas face ao trimestre homólogo.

A maior variação relativa deu-se nas "indústrias extractivas" (+13,4%), "educação" (+8,7%), "outras actividades de serviços colectivos, sociais e pessoais" (+8,3%), "saúde" (+8,0%), "construção" (+7,3%), "alojamento e restauração" (+7,1%), "indústrias transformadoras" (+7,0%) e "comércio por grosso e a retalho" (+5,7%). Estas evoluções excederam a variação homóloga do ICT (+5,1%), salienta o INE.

Quanto a acréscimos homólogos inferiores aos do ICT total, estes foram registados nas "actividades imobiliárias" (+4,4%) e "transportes, armazenagem e comunicações" (+1,2%). As "actividades financeiras" (-1,4%) e "electricidade, gás e água" (-5,6%) apresentaram decréscimos do ICT face ao mesmo período do ano anterior.

"Tomando como referência o trimestre homólogo, a variação do custo médio horário excedeu a evolução do ICT total (+5,1%) nas Regiões Autónomas da Madeira (+10,1%) e dos Açores (+6,7%), bem como nas regiões do Norte (+6,6 %), Lisboa (+6,2 %) e Centro (+6,0%)", sublinha o relatório. Por sua vez, as regiões do Algarve (+4,6%) e do Alentejo (+3,5%) apresentaram evoluções homólogas inferiores.

Com excepção da região do Alentejo, nas restantes regiões a evolução homóloga registada foi explicada por um aumento homólogo dos custos médios do trabalho e um decréscimo das horas efectivamente trabalhadas, que se traduziu em acréscimo do custo médio horário.

Na região do Alentejo, o aumento do custo médio horário "foi explicado por um decréscimo homólogo das horas efectivamente trabalhadas superior ao decréscimo homólogo dos custos médios do trabalho", diz o documento do Instituto Nacional de Estatística.

Pessoal dos serviços e vendedores com acréscimos superiores ao ICT total

Por grupos profissionais, entre os que apresentaram acréscimos homólogos, destaca-se a evolução, superior à do ICT total (+5,1%), nos grupos "pessoal dos serviços e vendedores" (+13,3%), "operários, artífices e trabalhadores similares" (+6,4%), "técnicos e profissionais de nível intermédio" (+6,2%) e "pessoal administrativo e similares" (+5,9%).

Acréscimos homólogos inferiores aos do ICT foram registados nos grupos "agricultores, e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas" (+3,6%), "trabalhadores não qualificados" (+3,4%), "especialistas das profissões intelectuais e científicas" (+3,3%) e "operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem" (+0,4%).

No terceiro trimestre de 2007, a variação homóloga do ICT divulgada pelo Eurostat para a UE27 foi de 3,7%. A evolução homóloga em Portugal foi de 3,6 %, salienta ainda o INE.

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