O índice que mede a evolução dos custos do trabalho em Portugal registo um aumento homólogo de 3,6% no terceiro trimestre, o que representa o crescimento mais acentuado dos últimos três anos.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, no terceiro trimestre de 2007, o Índice de Custo do Trabalho (ICT), excluindo a Administração Pública e corrigido dos dias úteis, aumentou 3,6 % face ao mesmo período do ano anterior, o que representam um aumento 4,3 pontos percentuais acima da variação homóloga registada no terceiro trimestre de 2006.

O crescimento no terceiro trimestre deste ano foi o mais acentuado desde o terceiro trimestre de 2004, quando o índice registou um incremento de 4%.

De acordo com o INE, no terceiro trimestre, "verificou-se um acréscimo homólogo do custo médio horário na maioria das actividades económicas, com maior variação relativa nas seguintes: "Actividades imobiliárias" (+11,4%), "Construção" (+5,8%), "Electricidade, gás e água" (+5,3%), "Alojamento e restauração" (+4,6%), "Indústrias extractivas" (+4,1%) e "Indústrias transformadoras" (+3,7%)".

Na análise por reuniões, e tomando como referência o trimestre homólogo, a variação do custo médio horário excedeu a evolução do ICT total (+3,6%) na Região Autónoma da Madeira (+9,5%) e nas regiões do Norte (+ 4,0%) e de Lisboa (+3,9%).

Por grupos profissionais que apresentaram acréscimos homólogos, o INE destaca a evolução, superior à do ICT (+3,6%), nos "Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas" (+9,0%), "Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem" (+4,6%), "Operários, artífices e trabalhadores similares" (+4,4%) e " Pessoal administrativo e similares" (+3,8%).