Notícia
Covid-19: Boris Johnson pede "paciência" e mantém confinamento para evitar segunda vaga
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, urgiu hoje os britânicos a "conter a impaciência" ao defender a manutenção do confinamento em vigor para evitar uma segunda vaga de infeções de covid-19.
A carregar o vídeo ...
27 de Abril de 2020 às 11:06
"Temos de reconhecer o risco de um segundo pico, o risco de perder o controlo sobre este vírus e deixar que a taxa de contágio volte a subir acima de um. Porque isso significaria, não só uma nova vaga de mortes e doença, mas um desastre económico", justificou.
Boris Johnson falava à porta da residência oficial, em Downing Street, para onde regressou no domingo após duas semanas fora de Londres em convalescença de uma infeção com covid-19.
"Eu sei que é duro, e eu quero pôr a economia a mexer-se o mais depressa possível, mas recuso desperdiçar todo o esforço e sacrifício do povo britânico e arriscar um segundo grande surto e enorme perda de vida e a sobrecarga do NHS [serviço nacional de saúde]", argumentou.
Dirigindo-se diretamente aos britânicos, urgiu: "Peço-vos que contenham a vossa impaciência porque estamos a chegar ao fim da primeira fase deste conflito".
Enumerando os cinco critérios que precisam de ser preenchidos para aliviar as medidas de distanciamento social em vigor desde 23 de março, reiterou a necessidade de reduzir o número de mortes, de pacientes hospitalizados e da taxa de contágio, de aumentar a capacidade de testagem e de garantir que não existe o risco de um segundo pico de infeções.
Só depois, adiantou, será possível "começar gradualmente a refinar as restrições sociais e económicas e, um a um, acionar os motores da grande economia britânica", antecipando "decisões difíceis".
Sobre o plano para o desconfinamento, disse que não será publicado ainda, mas prometeu mais novidades nos próximos dias e "a maior transparência possível", em consenso com empresas, diferentes regiões do Reino Unido e também com os partidos da oposição.
"Os preparativos estão em curso há várias semanas para permitir chegar à fase dois desta luta, pois acredito que estamos no bom caminho para ultrapassar a fase um", garantiu.
O primeiro-ministro voltou hoje ao trabalho, apenas dois dias após o país se ter tornado o quinto a ultrapassar a barreira das 20.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois dos EUA, Itália, Espanha e França.
De acordo com o balanço de domingo do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido registou 20.732 óbitos durante a pandemia covid-19, e o número total de casos de contágio é agora de 152.840.
O governo está sob pressão crescente de políticos conservadores para aliviar as medidas de distanciamento social por causa da preocupação com o impacto na economia, e também dos partidos da oposição para publicar o plano para o desconfinamento.
O executivo tem sido também criticado devido aos problemas em multiplicar a capacidade de testagem, em providenciar equipamento de proteção para os profissionais de saúde e em assistir os lares de idosos.
Johnson, de 55 anos, passou uma semana no Hospital St. Thomas, em Londres incluindo três noites em cuidados intensivos, onde recebeu oxigénio e necessitou de vigilância médica permanente.
Depois de receber alta a 12 de abril, o primeiro-ministro gravou uma mensagem de vídeo em que reconheceu que esteve em risco de vida, agradecendo aos profissionais de saúde que o assistiram, destacando os enfermeiros português Luis Pitarma e a neo-zelandesa Jenny McGee.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, enquanto primeiro ministro de Estado, foi designado para substituir Boris Johnson na sua ausência, e o chefe do governo retirou-se para a casa de campo em Chequers Court, juntamente com a namorada, Carrie Symonds.
Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.
Boris Johnson falava à porta da residência oficial, em Downing Street, para onde regressou no domingo após duas semanas fora de Londres em convalescença de uma infeção com covid-19.
Dirigindo-se diretamente aos britânicos, urgiu: "Peço-vos que contenham a vossa impaciência porque estamos a chegar ao fim da primeira fase deste conflito".
Enumerando os cinco critérios que precisam de ser preenchidos para aliviar as medidas de distanciamento social em vigor desde 23 de março, reiterou a necessidade de reduzir o número de mortes, de pacientes hospitalizados e da taxa de contágio, de aumentar a capacidade de testagem e de garantir que não existe o risco de um segundo pico de infeções.
Só depois, adiantou, será possível "começar gradualmente a refinar as restrições sociais e económicas e, um a um, acionar os motores da grande economia britânica", antecipando "decisões difíceis".
Sobre o plano para o desconfinamento, disse que não será publicado ainda, mas prometeu mais novidades nos próximos dias e "a maior transparência possível", em consenso com empresas, diferentes regiões do Reino Unido e também com os partidos da oposição.
"Os preparativos estão em curso há várias semanas para permitir chegar à fase dois desta luta, pois acredito que estamos no bom caminho para ultrapassar a fase um", garantiu.
O primeiro-ministro voltou hoje ao trabalho, apenas dois dias após o país se ter tornado o quinto a ultrapassar a barreira das 20.000 mortes provocadas pelo novo coronavírus, depois dos EUA, Itália, Espanha e França.
De acordo com o balanço de domingo do Ministério da Saúde britânico, o Reino Unido registou 20.732 óbitos durante a pandemia covid-19, e o número total de casos de contágio é agora de 152.840.
O governo está sob pressão crescente de políticos conservadores para aliviar as medidas de distanciamento social por causa da preocupação com o impacto na economia, e também dos partidos da oposição para publicar o plano para o desconfinamento.
O executivo tem sido também criticado devido aos problemas em multiplicar a capacidade de testagem, em providenciar equipamento de proteção para os profissionais de saúde e em assistir os lares de idosos.
Johnson, de 55 anos, passou uma semana no Hospital St. Thomas, em Londres incluindo três noites em cuidados intensivos, onde recebeu oxigénio e necessitou de vigilância médica permanente.
Depois de receber alta a 12 de abril, o primeiro-ministro gravou uma mensagem de vídeo em que reconheceu que esteve em risco de vida, agradecendo aos profissionais de saúde que o assistiram, destacando os enfermeiros português Luis Pitarma e a neo-zelandesa Jenny McGee.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, enquanto primeiro ministro de Estado, foi designado para substituir Boris Johnson na sua ausência, e o chefe do governo retirou-se para a casa de campo em Chequers Court, juntamente com a namorada, Carrie Symonds.
Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.