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Costa diz "perceber bem" Miguel Alves, que soube da acusação de forma original

António Costa falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Política do PS, depois de questionado sobre o caso que motivou a demissão do seu secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

O primeiro-ministro falava aos jornalistas antes de uma ronda de audições na antevisão do novo Governo.
Mário Cruz/Lusa
10 de Novembro de 2022 às 21:54
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O líder do PS afirmou hoje "perceber bem" os motivos que levaram Miguel Alves a demitir-se do cargo de secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, dizendo que este soube de forma "original", pelo Observador, que estava acusado.

António Costa falava aos jornalistas à entrada para a reunião da Comissão Política do PS, depois de questionado sobre o caso que motivou a demissão do seu secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Miguel Alves.

"Miguel Alves entendeu - e eu percebo-o bem - que, passando a haver uma situação de acusação, devia sair do Governo e exercer o seu direito de defesa. Quero dar-lhe um abraço e desejar-lhe felicidades", declarou, numa alusão às razões que motivaram hoje a saída do seu secretário de Estado do executivo.

António Costa referiu depois que o Observador, "sem desprimor pelos outros órgãos de comunicação social, tem sido o veículo, a grande fonte de comunicação sobre estes assuntos".

Miguel Alves "disse-me que o Observador noticiou que fui acusado. Perguntei-lhe se tinha sido notificado, e ele respondeu que não. Perguntei-lhe se já tinha falado com o seu advogado, e ele disse-me que também não foi [notificado]. Então, ligue à ministra da Justiça [Catarina Sarmento e Castro], que contacte a senhora procuradora Geral da República [Lucília Gago] para confirmar", sugeriu o líder do executivo.

Foi desta forma, de acordo com o primeiro-ministro, que Miguel Alves confirmou que estava acusado num processo por atos praticados enquanto presidente da Câmara de Caminha.

Perante os jornalistas, o líder do Executivo disse que fez ainda outra sugestão ao ex-presidente da Câmara de Caminha: "Não se vai demitir só porque o Observador diz que foi acusado".

"Há formas legais e normais de a justiça se relacionar com os cidadãos, mesmo quando os cidadãos são secretários de Estado costumam ser notificados. Pronto, esta foi uma forma original, através do Observador. Mas está confirmado e imediatamente, a partir do momento em que foi confirmado, o doutor Miguel Alves disse: Agora vou apresentar a minha demissão", acrescentou.
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