Notícia
Costa critica na ONU ameaça nuclear e pede à Rússia para cessar hostilidades
O primeiro-ministro manifestou apoio à agenda do secretário-geral da ONU, António Guterres, "voltada para a prevenção de conflitos e capaz de garantir o financiamento adequado, previsível e sustentável da consolidação da paz".
23 de Setembro de 2022 às 07:57
O primeiro-ministro, António Costa, criticou esta quinta-feira as "irresponsáveis ameaças de recurso a armas nucleares" do Presidente russo, Vladimir Putin, e pediu à Rússia para cessar hostilidades em vez de escalar o conflito na Ucrânia.
António Costa deixou estas mensagens logo no início do seu discurso no debate geral da 77.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), encontro marcado pela invasão russa da Ucrânia e as suas consequências globais.
"A Rússia deve cessar as hostilidades e permitir a criação de um diálogo sério e sustentado, orientado para o cessar-fogo e para a paz. Este não é o tempo de a Rússia escalar o conflito ou fazer irresponsáveis ameaças de recurso a armas nucleares", afirmou.
O primeiro-ministro começou a sua intervenção, feita em português, referindo que a ONU foi criada com os objetivos de manutenção da paz e da segurança mundiais e de "poupar gerações futuras ao flagelo da guerra, em 1945, para acrescentar: "77 anos depois, ainda não conseguimos alcançar estes objetivos. Pelo mundo, muitas crianças, e até adultos, nunca conheceram a paz".
Depois, falou da "invasão injustificada e não provocada da Ucrânia, em flagrante violação do direito internacional, desde logo em violação da Carta das Nações Unidas", com "efeitos devastadores para o povo ucraniano, atingindo brutalmente as populações civis".
António Costa defendeu que "a gravidade dos atos cometidos torna imperativa uma investigação independente, imparcial e transparente para que os crimes cometidos não passem impunes" e fez questão de "condenar, uma vez mais, a agressão russa" e de reiterar "o apoio de Portugal à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia".
O primeiro-ministro manifestou também a solidariedade de Portugal para "com todos aqueles que, em todo o mundo, e em particular no continente africano, sofrem com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia", realçando que "têm sido os mais vulneráveis aqueles que mais sentem o impacto da crise energética e alimentar -- depois de fustigados por quase três anos de crise pandémica".
Por isso, quis "deixar claro e inequívoco que as necessárias sanções aplicadas à Rússia não podem afetar, direta ou indiretamente, a produção, transporte e pagamento de cereais ou fertilizantes".
"Saudamos os esforços de todo o sistema das Nações Unidas, em particular do seu secretário-geral, António Guterres, para a resolução deste conflito e para a mitigação dos efeitos nefastos que dele resultam, como a crise alimentar", disse.
O primeiro-ministro manifestou apoio à agenda do secretário-geral da ONU, António Guterres, "voltada para a prevenção de conflitos e capaz de garantir o financiamento adequado, previsível e sustentável da consolidação da paz".
Costa apelou à comunidade internacional para apoiar "os esforços das nações africanas em prol da estabilidade do seu continente, procurando soluções africanas para os problemas africanos" e para garantir "assistência humanitária às populações afetadas" na região do Sahel.
"A evolução da ameaça terrorista em todo o mundo, e designadamente em Moçambique, no Sahel e no Golfo da Guiné, requer também uma resposta orientada e efetiva da comunidade internacional", considerou.
António Costa deixou estas mensagens logo no início do seu discurso no debate geral da 77.ª sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), encontro marcado pela invasão russa da Ucrânia e as suas consequências globais.
O primeiro-ministro começou a sua intervenção, feita em português, referindo que a ONU foi criada com os objetivos de manutenção da paz e da segurança mundiais e de "poupar gerações futuras ao flagelo da guerra, em 1945, para acrescentar: "77 anos depois, ainda não conseguimos alcançar estes objetivos. Pelo mundo, muitas crianças, e até adultos, nunca conheceram a paz".
Depois, falou da "invasão injustificada e não provocada da Ucrânia, em flagrante violação do direito internacional, desde logo em violação da Carta das Nações Unidas", com "efeitos devastadores para o povo ucraniano, atingindo brutalmente as populações civis".
António Costa defendeu que "a gravidade dos atos cometidos torna imperativa uma investigação independente, imparcial e transparente para que os crimes cometidos não passem impunes" e fez questão de "condenar, uma vez mais, a agressão russa" e de reiterar "o apoio de Portugal à soberania, independência e integridade territorial da Ucrânia".
O primeiro-ministro manifestou também a solidariedade de Portugal para "com todos aqueles que, em todo o mundo, e em particular no continente africano, sofrem com os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia", realçando que "têm sido os mais vulneráveis aqueles que mais sentem o impacto da crise energética e alimentar -- depois de fustigados por quase três anos de crise pandémica".
Por isso, quis "deixar claro e inequívoco que as necessárias sanções aplicadas à Rússia não podem afetar, direta ou indiretamente, a produção, transporte e pagamento de cereais ou fertilizantes".
"Saudamos os esforços de todo o sistema das Nações Unidas, em particular do seu secretário-geral, António Guterres, para a resolução deste conflito e para a mitigação dos efeitos nefastos que dele resultam, como a crise alimentar", disse.
O primeiro-ministro manifestou apoio à agenda do secretário-geral da ONU, António Guterres, "voltada para a prevenção de conflitos e capaz de garantir o financiamento adequado, previsível e sustentável da consolidação da paz".
Costa apelou à comunidade internacional para apoiar "os esforços das nações africanas em prol da estabilidade do seu continente, procurando soluções africanas para os problemas africanos" e para garantir "assistência humanitária às populações afetadas" na região do Sahel.
"A evolução da ameaça terrorista em todo o mundo, e designadamente em Moçambique, no Sahel e no Golfo da Guiné, requer também uma resposta orientada e efetiva da comunidade internacional", considerou.