Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Constâncio pede restrição orçamental em 2005

O governador do Banco de Portugal disse hoje que «chegou a hora da verdade para a redução efectiva do défice orçamental no horizonte dos próximos dois anos». Constâncio defende que, ainda em 2005, terão de ser tomadas novas medidas de aumento de receitas

06 de Janeiro de 2005 às 16:51
  • ...

O governador do Banco de Portugal disse hoje que «chegou a hora da verdade para a redução efectiva do défice orçamental no horizonte dos próximos dois anos». Constâncio defende que, ainda em 2005, terão de ser tomadas novas medidas de aumento de receitas ou contenção de despesas.

Na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de Dezembro, hoje realizada, Constâncio afirmou que «seria irrealista esperar que num só ano se conseguisse uma redução do défice em mais de 2% do PIB» e que, por isso, o recurso a medidas extraordinárias continua a ser «legítimo».

No entanto, o governador avisa que as medidas pontuais devem ser usadas «no contexto de um programa que resolva o problema orçamental nos próximos três anos». O governador não quis, porém, detalhar que tipo de medidas, de aumento de impostos ou redução de despesa, considera serem necessárias.

Vítor Constâncio considera porém que «não será por causa do ajustamento orçamental que cairemos em nova recessão».

Sobre este aspecto, o governador do banco central disse ainda que «precisamos que as expectativas dos agentes económicos se baseiem na convicção credível de que haverá crescimento económico positivo, ainda que moderado, e que existe um horizonte concreto para a superação do problema orçamental».

No entanto, «evidentemente que uma política orçamental mais restritiva terá algum efeito negativo no imediato sobre o crescimento da economia», admitiu.

Constâncio apoia pacto de regime

O governador do Banco de Portugal concordou hoje com a necessidade de haver um entendimento entre o PS e PSD sobre as finanças públicas portuguesas. Comentando o apelo feito pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, o governador disse considerar «positivo» um consenso.

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio