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Comissário europeu anuncia 65 mil milhões para modelo de aumento de competências

Nicholas Schmit considera essencial valorizar a formação continua dos trabalhadores para enfrentar os novos desafios, designadamente a transição digital, mas também as crises de energia.

Salários abaixo da média enfrentam o dobro do agravamento fiscal.
Pedro Catarino
27 de Maio de 2023 às 12:05
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O comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais defendeu este sábado "trabalho seguro" e "formação continua" na União Europeia, anunciando no Porto que há 65 mil milhões de euros para o modelo de aumento de competências.

"É preciso trabalho seguro, temos de melhorar o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Temos de ter um mercado de trabalho justo e com proteção social e equilíbrio (...). Sem justiça social não haverá paz", declarou Nicholas Schmit na cerimónia de abertura do evento Fórum Social do Porto 2023, que está a decorrer no Pavilhão Rosa Mota, na cidade do Porto.

Nicholas Schmit comunicou que a União Europeia tem "65 mil milhões de euros para o modelo de aumento de competências", referindo que é essencial valorizar a formação continua dos trabalhadores para enfrentar os novos desafios, designadamente a transição digital, mas também as crises de energia provocadas pela guerra na Ucrânia.

"Este ano Europeu das Competências é importante para valorizar o mercado de trabalho e aumentar a formação na Europa. Precisamos dos jovens e de dar ênfase à formação para dar competências às pessoas que estão esquecidas", disse o comissário.

"Formação contínua tem de ser a nossa meta. Mais de 75% das empresas reportaram que têm dificuldades em encontrar pessoas com competências digitais", declarou ainda, destacando que há necessidade de milhares de trabalhadores em setores como a transição digital.

Nicholas Schmit acrescentou que para a Europa ser mais competitiva é preciso dar uma importância verdadeira ao trabalho, às novas condições de trabalho e conseguir encontrar as pessoas com as competências devidas para cada posto.

O comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais considerou que os "princípios do pilar dos direitos sociais estão montados", mas observou que a Europa não pode "descansar sobre os seus louros", porque o "mundo muda a todo o momento" e o risco de aumento da pobreza é constante, destacando as "boas práticas para os sem-abrigo", bem como a importância do "fundo climático".

O comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais explicou que uma Europa inclusiva significa que as "pessoas têm de ter as mesmas oportunidades" e significa também "empregos dignos em que as pessoas conciliam a vida pessoal e profissional".

"Queremos uma economia que investe nas pessoas, queremos locais de trabalho que protegem os trabalhadores física e socialmente", disse, defendendo proteção social e direitos de trabalho àqueles que estão a trabalhar em novas plataformas de trabalho.

Na opinião do comissário europeu para o Emprego e Direitos Sociais, as instituições europeias e os parceiros estão a conseguir cumprir os compromissos da Cimeira Social do Porto definidos em 2021, no Porto, para atingir as novas metas para 2030.

O Fórum Social do Porto 2023 está a decorrer no Pavilhão Rosa Morta - Super Bock Arena, localizado nos Jardins do palácio de Cristal do Porto, até sábado ao final da tarde.
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