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Comissão de Inquérito à TAP debatida no Parlamento a 1 de fevereiro

A comissão de inquérito à gestão da TAP proposta pelo Bloco de Esquerda será discutida no plenário do Parlamento. Partido Socialista, que detém maioria absoluta no Parlamento, já fez saber que irá viabilizar a proposta dos bloquistas.

O anúncio da greve levou a TAP a cancelar 360 voos.
Miguel Baltazar
18 de Janeiro de 2023 às 11:50
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A Comissão de Inquérito à gestão da TAP, proposta pelo Bloco de Esquerda (BE), será discutida no plenário do Parlamento no dia 1 de fevereiro. A data foi avançada esta quarta-feira na conferência de líderes. 

O Bloco de Esquerda avançou com uma proposta de comissão de inquérito no início de janeiro, na sequência da polémica indemnização paga pela companhia aérea à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis quando esta deixou a administração da transportadora.

"Queremos apurar as relações dentro do próprio Conselho de Administração da TAP, designadamente as notas, as agendas, as atas e os memorandos que revelam problemas e que levam que o acionista aceite que a presidente executiva da empresa demita ou queira demitir um outro membro da sua equipa. Não acreditamos que uma presidente executiva tenha um poder sobre uma empresa pública maior do que o acionista, que é quem decide quem, está ou deixa de estar no Conselho de Administração", referiu o presidente do Grupo Parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, na altura.

Os bloquistas apontaram também a necessidade de perceber a "participação do Ministério que diretamente tutela a TAP e que, aparentemente, foi negligente no que toca à gestão deste dossiê". 

O Partido Socialista anunciou no passado dia 10 de janeiro que iria viabilizar a proposta dos bloquistas, admitindo ter ele próprio pensado em avançar com uma comissão de inquérito. "Mas considerando o quadro da resposta do Grupo Parlamentar do BE, o âmbito e o conjunto de questões suscitadas, o Grupo Parlamentar do Partido Socialista entende que é mais conveniente — para obtermos outras respostas, que não são possíveis ao abrigo das audições convencionais — viabilizar a proposta que é submetida pelo Bloco de Esquerda", referiu então Eurico Brilhante Dias, líder parlamentar da bancada socialista.

Desta forma, a proposta tem aprovação praticamente garantida, uma vez que o PS detém maioria absoluta no Parlamento.


Alexandra Reis acabou por sair do Governo a pedido do ministro das Finanças, Fernando Medina, depois da polémica que a envolveu, arrastando o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, que poucos dias depois apresentou também a sua demissão.
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