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Comércio e Guatánamo dominam cimeira UE-EUA

George W. Bush está hoje em Viena para participar na cimeira anual entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE) onde deverá sair reforçada a mensagem de que os dois lados do Atlânticos estão firmemente empenhados em construir uma nova fase de entendime

Negócios 21 de Junho de 2006 às 09:54
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George W. Bush está hoje em Viena para participar na cimeira anual entre os Estados Unidos e a União Europeia (UE) onde deverá sair reforçada a mensagem de que os dois lados do Atlânticos estão firmemente empenhados em construir uma nova fase de entendimento e virar definitivamente a página sombria que marcou as relações entre as duas maiores potências mundiais no rescaldo da intervenção norte-americana no Iraque.

Não obstante, a agenda do encontro está recheada de assuntos melindrosos: Guantánamo, política norte-americana de vistos e negociações comerciais na Organização Mundial do Comércio (OMC) oferecem terreno fértil para renovadas disputas entre europeus e norte-americanos.

As questões comerciais prometem, aliás, dominar o encontro, com o bloco europeu a preparar-se para pressionar a administração norte-americana a avançar com novas concessões, em especial no domínio dos produtos agrícolas, para salvar as negociações em curso na OMC.

Lançada em 2001 na capital do Qatar, a ronda de Doha deveria ter sido concluída em 2004, mas vai a caminho de falhar o terceiro prazo-limite caso as negociações a nível ministerial agendadas para o próximo dia 29 em Genebra voltem a produzir um conjunto vazio, comprometendo as chances de um acordo global até ao fim do ano.

Ainda no plano comercial, mas em maior sintonia, europeus e norte-americanos deverão lançar uma «acção estratégica comum» para combater a contrafacção, designadamente a praticada na China.

Ainda que não conste formalmente da agenda, o encontro deverá ainda ser aproveitado pela UE para confrontar directamente George W. Bush com o problema de Guantánamo, agravado com o recente suicídio de três prisioneiros, e pedir o encerramento da base militar norte-americana em Cuba onde, à margem da lei, estão detidos desde 2001 centenas de alegados terroristas.

Bruxelas irá ainda pressionar os EUA a acabar com a exigência de vistos de entrada que mantém em relação aos cidadãos da Grécia e aos oriundos de nove dos dez novos Estados-membros que aderiram em 2004 (a excepção é a Eslovénia). Washington justifica esta duplicidade de critérios, alegando falhas nos sistemas de segurança destes países.

A situação no Irão e no Médio Oriente constam igualmente da agenda do encontro, sendo temas onde será visível o entendimento entre as duas partes.

A delegação europeia será chefiada por Durão Barroso, em nome da Comissão Europeia, e Wolfgang Schüssel, primeiro-ministro austríaco e presidente em exercício da UE.  Condoleezza Rice acompanha George W. B.

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