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Assembleias de voto "estão em perfeito funcionamento" e "sem incidentes", diz CNE de Angola

O porta-voz da CNE, órgão que coordena o processo eleitoral, apelou para a necessidade de "não se colocarem impedimentos aos eleitores que circunstancialmente não se apresentem às assembleias sem as máscaras faciais" devido à covid-19.

Lusa_EPA
24 de Agosto de 2022 às 09:59
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O porta-voz da Comissão Nacional Eleitoral (CNE) anunciou esta quarta-feira que as 13.238 assembleias de voto espalhadas pelos 164 municípios angolanos "estão abertas e em perfeito funcionamento" e "não há registo de qualquer incidente" que possa beliscar a votação.

Lucas Quilundo, que falava aos jornalistas no primeiro 'briefing' do dia, duas horas depois do início da votação dos eleitores angolanos, disse que todas as assembleias de voto abriram oficialmente as 07:00 locais (mesma hora em Lisboa) e o processo decorre dentro da normalidade.

"O processo decorre neste momento de forma ordeira e pacífica e o ambiente geral no país é calmo e não há registo de qualquer anomalia", afirmou o porta-voz, na sua primeira comunicação no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), centro da capital angolana.

O responsável da CNE exortou igualmente os responsáveis das assembleias de voto a seguirem estritamente os pressupostos legais no atendimento e acompanhamento aos eleitores.

Pediu igualmente prioridade de voto aos agentes das Forças Armadas Angolanas (FAA), dos serviços de saúde e de emergência e às pessoas portadoras de deficiência no acesso às assembleias.

O porta-voz da CNE, órgão que coordena o processo eleitoral, apelou ainda para a necessidade de "não se colocarem impedimentos aos eleitores que circunstancialmente não se apresentem às assembleias sem as máscaras faciais" devido à covid-19.

A CNE tem previsto um novo 'briefing' sobre as quintas eleições gerais angolanas as 12:00 locais.

As quintas eleições gerais em Angola perpetuam a disputa entre os dois principais partidos do país, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, Governo) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, oposição), que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.

João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior, líder da UNITA.

No total, concorrem oito formações políticas, sete partidos e uma coligação, que tentam conquistar o voto dos 14,4 milhões de eleitores. As cerca de 13 mil assembleias de voto no país e diáspora vão estar abertas entre as 07:00 e as 17:00 (mesma hora em Lisboa).

O processo eleitoral, que tem cerca de 1.300 observadores nacionais e internacionais, tem sido criticado pela oposição, considerando-o pouco transparente.
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