O Chipre estará a negociar um empréstimo de 11 mil milhões de euros dos seus parceiros europeus.

O valor, que está a ser avançado pela agência Bloomberg com base em três fontes anónimas próximas do processo, representa 62% do PIB do país e está próximo dos 10 mil milhões de euros que se ventilam desde que, em 25 de Julho, o Governo cipriota oficializou o pedido de assistência financeira aos mecanismos europeus de resgate.

A linha financeira será fundamentalmente dirigida aos bancos, fortemente expostos à economia e ao sistema financeiro grego, que perderam mais de quatro mil milhões de euros na reestruturação da dívida pública helénica.

“Estamos em conversações contínuas com a equipa da troika”, afirmou hoje o ministro cipriota das Finanças, Vassos Shiarly, recusando-se a comentar sobre a avaliação das necessidades de recapitalização da banca, que uns calculam em cinco outros em dez mil milhões de euros.

Mais do que os números, serão as condições associadas ao empréstimo externo que estarão a dificultar as negociações. Ainda ontem, o presidente comunista Demetris Christofias avisou que não avalizará um pedido de ajuda que implique o fim da indexação dos salários e do 13º mês à inflação ou a venda de empresas públicas rentáveis.