Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP, confirmou esta tarde a convocação de uma greve geral para o dia 22 de Março. Esta será a segunda greve geral em menos de seis meses.
Arménio Carlos, em conferência de imprensa, sublinhou que a greve geral agendada para dia 22 do próximo mês é “contra a exploração e o empobrecimento, pela mudança de políticas, pelo emprego, pelos salários”.

“Esta, sendo uma greve geral convocada pela CGTP, é uma greve geral de todos para todos” afirmou o secretário-geral da Intersindical acrescentando que “é uma greve geral que nós queremos que seja partilhada e assumida por todos os trabalhadores independentemente da sua filiação sindical”.

Arménio Carlos apelou ainda “a todos os sindicatos, independentemente do posicionamento que hoje têm relativamente às questões de ordem sindical, que nesta fase reflictam e participem naquilo que para nós é evidente que é a unidade de todos os trabalhadores”.

Quando questionado pelos jornalistas sobre se tinha já contactado a UGT para que esta intersindical participasse também na paralisação, o secretário-geral da CGTP respondeu que “são conhecidas as posições da direcção da UGT” e que “o que podemos transmitir é que antes do anúncio [da greve geral], contactámos vários sindicatos” entre os quais “sindicatos com estatuto de independentes, alguns até sindicatos da UGT que manifestaram a sua disponibilidade para participar nesta jornada de luta”.

Já no passado dia 9, a CGTP já tinha apontado, em declarações ao Negócios, que não excluía qualquer forma de luta contra a reforma laboral. Nesse mesmo dia, João Proença, da UGT, tinha afirmado que a CGTP estava a preparar "uma pseudo greve geral". "São informações que nós temos", afirmou o secretário-geral da UGT, na altura, salientando que o objectivo é "dividir a UGT".

(Notícia actualizada com declarações do lider da GCTP)