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Cavaco: Inacção da Europa está a afugentar os investidores

Presidente da República criticou hoje as muitas promessas e os poucos actos por parte dos responsáveis europeus, cuja "cacofonia" de declarações está a afastar os investidores. Mais uma vez, pediu uma intervenção mais corajosa e previsível do BCE.

25 de Novembro de 2011 às 17:14
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Cavaco Silva lembrou hoje que o crescimento económico do País “não depende só de nós”, mas também da situação económica da Zona Euro, “que a crise está a afectar muito negativamente”.

No Fórum COTEC "Portugueses reencontram-se", o Presidente da República mostrou-se preocupado com aquilo a que chamou de “declínio do investimento no nosso País”. Uma realidade não só da economia nacional, mas que se estende já a toda a Zona Euro.

“Existe uma aversão dos investidores em relação à dívida europeia, não só à dívida grega ou portuguesa, mas também à francesa, austríaca, holandesa”, afirmou Cavaco Silva alertando que “pode estender-se a mais países”.

Na opinião do Presidente da República, esta aversão dos investidores deve-se, por um lado, “aos erros de análise e à cacofonia das declarações dos líderes europeus”, e por outro, à inacção da Europa e às promessas que se ficam pelas palavras.

Como exemplo, Cavaco Silva lembrou as decisões tomadas na Cimeira de Outubro, para dizer: “Já passou um mês, e o que é que aconteceu até agora? Nada ou muito pouco”.

Tal como já havia escrito hoje na sua página do Facebook, Cavaco defendeu uma intervenção mais corajosa e mais activa do Banco Central Europeu, de forma a acalmar o mercado da dívida.

“Há uma fuga crescente dos investidores, e isso não surpreende”, constatou. “Já não há economista reputado, e até responsáveis políticos, que não defendam uma intervenção mais activa do BCE”.

É uma ideia que o Presidente da República tem vindo a defender nos últimos tempos e que, inclusive, o “separou” publicamente do primeiro-ministro Passos Coelho, que declarou esta semana que Portugal não pode dar a entender que precisa que o BCE nos pague as dívidas ou que o empréstimo que nos foi concedido não chega.
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