Notícia
Catarina Martins diz que medidas do Governo chegam "muito tarde"
A coordenadora do Bloco de Esquerda afirma que as medidas anunciadas pelo Governo na sexta-feira chegam quando as pessoas "já estão desesperadas" e lamenta que não sejam para todos.
25 de Março de 2023 às 11:48
A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, considerou este sábado que as medidas anunciadas pelo Governo para mitigar a inflação chegam "muito tarde", quando as pessoas "já estão desesperadas" e lamentou que não sejam para todos.
"Ficámos a saber várias coisas. Em primeiro lugar, que sempre houve capacidade orçamental para se fazer muito mais pelos salários e pelo apoio às famílias em Portugal e o Governo não fez mais porque não quis. E é por isso hoje que temos mais pessoas em situação vulnerável do que tínhamos. Temos três milhões de pessoas em situação vulnerável", salientou Catarina Martins.
A coordenadora do BE acrescentou também que o Executivo liderado por António Costa, "por recusar agir durante tanto tempo", fez com que "mesmo aqueles trabalhadores a quem o Governo diz que eventualmente fará um pequenino aumento de salário" já tenham perdido um mês de salário devido à inflação atual.
"Ou seja, o Governo chega tarde, muito tarde, já quando as pessoas estão muito desesperadas", considerou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Mercado dos Lavradores, no Funchal, no âmbito de uma iniciativa política que contou com a presença do cabeça de lista do BE às próximas eleições regionais, Roberto Almada.
A líder bloquista apontou que "há pessoas que, tendo a vida muito difícil, ficam completamente de fora dos apoios que são agora anunciados".
"O que é preciso fazer é aumentar salários, sim, mas aumentar salários em linha com a inflação para as pessoas não continuarem a perder poder de compra. E não só para algumas, é preciso uma política que consiga esse aumento de salários e de pensões", defendeu.
"Os pensionistas foram absolutamente esquecidos em tudo isto e estão a perder e muito", reforçou.
Catarina Martins sublinhou ainda que é necessário controlar os preços dos bens essenciais.
"O Governo está muito esperançado que, cortando o IVA de um pacote de produtos, que ainda não sabemos o que é, vai resolver o problema, mas como o próprio Governo reconhecia ainda há pouco tempo, cortar o IVA sem controlo de preços faz com que a grande distribuição possa incorporar isso nos preços, ou seja, pormos os contribuintes a darem mais lucros à grande distribuição e a grande distribuição tem tido lucros de milhões", sustentou.
Questionada sobre as próximas eleições legislativas regionais, que ainda não foram agendadas pelo Presidente da República, mas que decorrerão entre setembro e outubro, a coordenadora bloquista considerou que "o BE faz muita falta na Assembleia Legislativa da Madeira" e enalteceu o trabalho feito pelo partido na região.
"Ficámos a saber várias coisas. Em primeiro lugar, que sempre houve capacidade orçamental para se fazer muito mais pelos salários e pelo apoio às famílias em Portugal e o Governo não fez mais porque não quis. E é por isso hoje que temos mais pessoas em situação vulnerável do que tínhamos. Temos três milhões de pessoas em situação vulnerável", salientou Catarina Martins.
"Ou seja, o Governo chega tarde, muito tarde, já quando as pessoas estão muito desesperadas", considerou Catarina Martins, em declarações aos jornalistas no Mercado dos Lavradores, no Funchal, no âmbito de uma iniciativa política que contou com a presença do cabeça de lista do BE às próximas eleições regionais, Roberto Almada.
A líder bloquista apontou que "há pessoas que, tendo a vida muito difícil, ficam completamente de fora dos apoios que são agora anunciados".
"O que é preciso fazer é aumentar salários, sim, mas aumentar salários em linha com a inflação para as pessoas não continuarem a perder poder de compra. E não só para algumas, é preciso uma política que consiga esse aumento de salários e de pensões", defendeu.
"Os pensionistas foram absolutamente esquecidos em tudo isto e estão a perder e muito", reforçou.
Catarina Martins sublinhou ainda que é necessário controlar os preços dos bens essenciais.
"O Governo está muito esperançado que, cortando o IVA de um pacote de produtos, que ainda não sabemos o que é, vai resolver o problema, mas como o próprio Governo reconhecia ainda há pouco tempo, cortar o IVA sem controlo de preços faz com que a grande distribuição possa incorporar isso nos preços, ou seja, pormos os contribuintes a darem mais lucros à grande distribuição e a grande distribuição tem tido lucros de milhões", sustentou.
Questionada sobre as próximas eleições legislativas regionais, que ainda não foram agendadas pelo Presidente da República, mas que decorrerão entre setembro e outubro, a coordenadora bloquista considerou que "o BE faz muita falta na Assembleia Legislativa da Madeira" e enalteceu o trabalho feito pelo partido na região.