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Casamentos, nascimentos e mortes em Portugal diminuem em 2019

2019 foi o 11.º ano consecutivo em que Portugal registou um saldo natural negativo, de 25.214, superior ao de 2018.

27 de Abril de 2020 às 13:36
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Há cada vez menos casamentos e menos nascimentos em Portugal, e cada vez mais os nascimentos que existem acontecem fora do casamento, dizem os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em 2019, nasceram com vida 86.579 crianças de mães residentes em Portugal, isto é, menos 441 (-0,5%) que no ano anterior. Paralelamente, os casamentos caíram quase 4% para os 33.272.

Alinhando na contração, também os óbitos diminuíram: foram menos 1.258 que no ano anterior, num total de 111.793. Assim, 2019 foi o 11.º ano consecutivo em que Portugal registou um saldo natural negativo, de 25.214. Este foi superior ao de 2018, mas mais agravado do que qualquer um dos anos anteriores, desde 2010. No início da década, o saldo negativo era de apenas 4.573.

Estas estatísticas mostram a continuidade também de outras tendências: desde 2015 que a maioria dos nascimentos acontece fora do casamento, uma percentagem que em 2019 saiu reforçada para os 56,8%.

No que toca à idade da maternidade, Portugal está em quinto entre os seis países europeus que registaram mais de 30% dos nascimentos em idade igual ou superior a 35 anos. Em 2019, 33,3% dos nascimentos deu-se nesta faixa etária, uma tendência que tem vindo a reforçar-se consistentemente desde 2010.

O número de recém-nascidos do sexo masculino continua a superar os do sexo feminino: em 2019, por cada 100 crianças do sexo feminino nasceram cerca de 106 do sexo masculino. A taxa de mortalidade infantil em Portugal mantém-se abaixo da da União Europeia, com 3,3 óbitos por cada mil nado-vivos, enquanto no bloco a média é de 3,5.

Casamentos são sobretudo civis e depois de partilhar casa

Em mais de metade dos casamentos realizados em 2019 – 20.330, ou 61,1% -, os nubentes possuíam residência anterior comum. "Esta situação tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos, tendo-se registado um aumento de 11 pontos percentuais (p.p.) desde que, em 2013, e pela primeira vez, esse valor ultrapassou os 50%", nota o INE.

Também desde 2010 tem-se assistido a um aumento contínuo dos casamentos celebrados apenas pelo civil. Se no início da década 57,9% "davam o nó" desta forma e 42,1% optavam por fazê-lo na igreja, seguindo o rito católico, em 2019 os casamentos unicamente civis pesam 68,7% do total, a celebração católica apenas 30,8% e já se regista uma percentagem de 0,5% de casamentos de acordo com outros rituais.

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