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Brasil pode aumentar preços dos combustíveis até 11%

O Governo brasileiro poderá aumentar os preços dos combustíveis até um máximo de 11% na próxima semana, devido à subida dos custos das importações, decorrente da perda de valor do real nos mercados cambiais, anunciou o Banco Central do Brasil.

01 de Julho de 2001 às 18:46
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O Governo brasileiro poderá aumentar os preços dos combustíveis até um máximo de 11% na próxima semana, devido à subida dos custos das importações, decorrente da perda de valor do real nos mercados cambiais, anunciou o Banco Central do Brasil.

A decisão final sobre a amplitude do aumento dos preços será tomada numa reunião a realizar esta semana entre os responsáveis da autoridade monetária brasileira e o ministro da Fazenda, Pedro Malan.

Os preços de venda de gasolina aos consumidores poderão aumentar cerca de 8,2%, segundo a mesma fonte. Os preços dos combustíveis no Brasil, um país que importa mais de 30% dos combustíveis que consome, são ajustados numa base trimestral.

O aumento será calculado tendo em conta um rácio entre a variação dos preços do petróleo no exterior e a flutuação da cotação da divisa brasileira, o real, face às restantes moedas.

Nos últimos três meses, o preço do petróleo nos mercados internacionais caiu cerca de 0,3%. No entanto, esta queda foi anulada pela desvalorização da moeda brasileira, que recuou 7,35% face ao dólar no mesmo período.

Segundo os analistas, as autoridades brasileiras poderão optar por não reflectir totalmente a descida do real nos preços dos combustíveis, de forma a limitar o aumento das pressões inflacionistas nos próximos tempos.

Desde o início deste ano, o real já acumulou perdas de 15,97% relativamente ao dólar, uma evolução que, conjugada com o aumento da inflação, poderá afectar os resultados das empresas que actuam no Brasil, um país onde se encontram representadas várias companhias nacionais.

Entre as empresas portuguesas com interesses no Brasil encontram-se a Portugal Telecom (PT) [PLTM], a Modelo Continente [MCON], a Electricidade de Portugal (EDP) [EDP], a Jerónimo Martins [JMAR], a Brisa [BRISA] e a Soluções Automóvel Globais (SAG) [SAG], entre outras.

O Banco Central reviu recentemente em alta as suas estimativas referentes ao crescimento da inflação brasileira no corrente ano, dos anteriores 4,8% para os actuais 5,8%.

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