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Brasil oferece-se para fornecer energia e produtos agrícolas

O ministro da Economia do Brasil acredita que o país deve tornar-se mais importante numa altura em que as diferentes regiões do mundo estão a analisar uma possível "deslocalização industrial".

O presidente brasileiro realizou o despiste à Covid-19 depois de sentir os primeiros sintomas da doença. Foi confirmado que tinha testado positivo a 7 de Julho. Ao contrário do primeiro-ministro britânico, Jair Bolsonaro não mudou de atitude em relação a uma doença que descreveu como uma “gripezinha”. A mulher do chefe de Estado brasileiro, Michelle Bolsonaro, também foi diagnosticada com o vírus a 30 de Julho.
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro reuters
31 de Março de 2022 às 10:17
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O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, salientou que o seu país pode ser "a solução" para a Europa resolver os seus problemas geoestratégicos de abastecimento energético e agrícola após a guerra na Ucrânia.

Numa entrevista à agência espanhola Efe, Paulo Guedes garantiu que o Brasil pode assegurar "segurança" no abastecimento dessas matérias-primas, numa altura em que "todos estão a recalcular os riscos geopolíticos" depois da guerra na Ucrânia.

O responsável governamental sublinhou que o Brasil deve tornar-se mais importante numa altura em que as diferentes regiões do mundo estão a analisar uma possível "deslocalização industrial" para evitar os problemas sofridos com a logística, o transporte ou a falta de produtos, como os semicondutores.

Os investimentos industriais que anteriormente eram feitos na Ásia "podem agora ser relocalizados para a América Latina", afirmou Paulo Guedes, recordando que o Ocidente tem uma história e relações muito estreitas com aquela região em que países como Espanha e Portugal desempenharam um papel pioneiro.

Numa altura de "sombras" na política internacional e face aos problemas e dependência do Velho Continente do gás, fertilizantes e petróleo russo, ou cereais produzidos na Ucrânia, o ministro recordou a possibilidade de "o Brasil tomar o seu lugar" como produtor de matérias-primas e produtos agroalimentares básicos, como o milho, num ambiente económico e regulamentar de que já usufruíram empresas espanholas como a Telefónica, Santander, Iberdrola, Mapfre, Acciona e Repsol, entre outras.

O ministro insistiu na sua convicção de que nos próximos anos o Brasil será um "foco de investimento" e desenvolvimento para os europeus, numa altura em que o país "pode absorver com sucesso o investimento que chega" e fornecer matérias-primas, produtos e energia para o resto do mundo.

O Brasil está em processo de privatização de empresas nacionais e irá implementar incentivos fiscais para atrair investimento, com estabilidade regulamentar e "a segurança de que os contratos serão honrados", assegurou Paulo Guedes na entrevista à Efe.

O responsável governamental brasileiro também sublinhou que o Governo brasileiro "promoverá e investirá na exploração de energias limpas cuidando do meio ambiente" e convida a que se analisem os problemas de dependência energética da Rússia e o potencial de alguns países da América Latina.

Paulo Guedes encontra-se na Europa para reuniões com autoridades governamentais, empresários e executivos franceses e espanhóis.

Na sua agenda oficial tem previsto tratar principalmente do processo de adesão do Brasil à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), cuja sede se encontra em Paris.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.179 civis, incluindo 104 crianças, e feriu 1.860, entre os quais 134 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 3,9 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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