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Brasil e Portugal deploram "anexação" da Ucrânia pela Rússia

Na declaração conjunta assinada por Portugal e Brasil no final da XIII Cimeira Luso Brasileira, os dois países apelam a uma paz justa e duradoura e assumem preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança alimentar e energética.

Lusa_EPA/reuters
22 de Abril de 2023 às 18:58
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Os governos do Brasil e de Portugal "deploram a violação" da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes do território ucraniano, pedem compromisso com o direito internacional e uma "paz justa e duradoura".

Esta posição consta da Declaração Conjunta assinada por Portugal e Brasil no final da XIII Cimeira Luso Brasileira, hoje, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. 

"Os chefes de Governo enfatizaram o seu compromisso com o direito internacional, a Carta das Nações Unidas e a resolução pacífica de conflitos. Deploraram a violação da integridade territorial da Ucrânia pela Rússia e a anexação de partes do seu território como violações do direito internacional", lê-se no texto.

Na parte final deste mesmo texto lê-se que Portugal e Brasil "ressaltaram ainda a necessidade de promover uma paz justa e duradoura".

Também em relação à guerra na Ucrânia, os executivos de Brasília e de Lisboa "lamentaram a perda de vidas humanas e a destruição da infraestrutura civil, bem como o imenso sofrimento humano e o agravamento das vulnerabilidades da economia mundial causados pela guerra".

"Expressaram preocupação com os efeitos globais do conflito na segurança alimentar e energética, especialmente nas regiões mais pobres do planeta", realça-se.

Também em matéria de consequências económicas e sociais resultantes deste conflito no leste da Europa, Portugal e Brasil "convergiram no apoio ao pleno funcionamento da Iniciativa de cereais do Mar Negro".

Nos primeiros pontos da declaração conjunta, António Costa e Lula da Silva "reafirmaram o seu compromisso intransigente com a defesa de um multilateralismo eficaz, assente no direito internacional e na Carta das Nações Unidas, reiterando o seu firme apoio à paz e segurança internacionais, à soberania e à integridade territorial dos Estados".

"Enfatizaram ainda a imperiosa e inadiável necessidade de enfrentar os desafios globais das alterações climáticas e da segurança alimentar e contribuir para o desenvolvimento sustentável, a erradicação da pobreza e a inclusão social", refere-se.

Em matéria de Defesa, os executivos de Portugal e do Brasil "expressaram satisfação pelo relacionamento entre os respetivos ministérios e Forças Armadas, salientando a participação de militares brasileiros no contingente português da Missão de Treino da União Europeia na República Centro-Africana".

No que concerne à cooperação na área das indústrias de Defesa, os governos de Lisboa e de Brasília "salientaram a importância do projeto conjunto de desenvolvimento do KC-390, cuja primeira de cinco aeronaves adquiridas por Portugal foi apresentada em 2022 em Beja e se encontra em fase de certificação" desde março passado.

"Ainda neste âmbito, identificaram "oportunidades únicas para fortalecer as relações entre os dois países, face ao potencial de cooperação existente, nomeadamente nas áreas do Espaço, Ciberdefesa, Aeronáutica, Sistemas de Vigilância e Radares, entre outros", acrescenta-se.
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