Werner Hoyer, que falava à saída de uma audiência com o presidente da República, Cavaco Silva no Palácio de Belém, garantiu aos jornalistas que os responsáveis do Banco Europeu de Investimento (BEI) têm consciência que "a fase de consolidação orçamental não só está ser bem sucedida até agora" - e que constitui "a condição fundamental" para o sucesso -, mas que "não é suficiente".

"É importante avançar com novas ideias, actividades e esforços práticos na inovação, emprego e no crescimento, em particular, com o enfoque nas pequenas e médias empresas (PME)", salientou.

O responsável do BEI disse ainda que teve com o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, "uma intensa e extensa conversa".

"Temos ideias em comum em termos de valores, determinação e forma como resolver o processo de integração europeu e de ultrapassar as dificuldades que são visíveis, dolorosas em muitos dos países da União Europeia, particularmente em Portugal", sublinhou.

Hoyer falou também da "excelente colaboração" com Portugal ao longo de várias décadas e garantiu estar determinado em prosseguir com ela: "Portugal tem sido um consistente membro da União Europeia e da zona euro e a nossa cooperação com os bancos portugueses e o Banco de Portugal tem sido muito positiva", completou.

"Portugal cumpriu sempre e, quando se fala numa situação de dificuldades como aquela que estamos a viver [no país], há que assegurar que existem garantias (colaterais) para os empréstimos", explicou aos jornalistas, sem querer falar em números.

"Temos de o fazer com prudência, procurando também obter resultados que possam contribuir para a solução do problema", concluiu.

As PME, desenvolvimento urbano, inovação e a energia são as áreas mais importantes da actividade do BEI e é sobre elas que vai falar hoje de tarde com o ministro das Finanças, Vítor Gaspar.

Werner Hoyer terá também contactos com a banca e, em particular, com o Banco de Portugal, liderado por Carlos Costa.