Notícia
BE abre porta a nova geringonça e compromete-se a negociar acordo para maioria de esquerda
A líder do Bloco de Esquerda aponta seis áreas concretas de negociação: habitação, saúde, educação, salários, clima e cuidados para a infância e velhice.
05 de Janeiro de 2024 às 13:04
A coordenadora do BE assumiu esta sexta-feira o compromisso de, após as legislativas de março, "negociar um acordo de maioria para um programa de Governo" de esquerda que terá que ter medidas concretas para resolver problemas na saúde, educação, habitação ou salários.
Em conferência de imprensa em Lisboa, Mariana Mortágua assumiu "toda a responsabilidade da clareza e de informar os eleitores sobre ao que vem" o partido nas próximas eleições, considerando que "Portugal precisa de soluções para os problemas que foram criados, que foram mantidos e que foram muitas vezes agravados pela maioria absoluta".
"Apresentando o seu programa, o Bloco assume o compromisso da negociação de um acordo de maioria para um programa de Governo que faça aquilo que nunca foi feito", anunciou, referindo que esta decisão foi tomada na reunião da véspera da Comissão Política do partido.
De acordo com a líder bloquista, é o voto no BE que "garante de que Portugal vai ter uma maioria comprometida com um programa de esquerda e com medidas que solucionem os problemas que a maioria absoluta não soube resolver e que agravou".
Mariana Mortágua elencou as áreas da habitação, saúde, educação, salários, clima e cuidados para a infância e velhice como aquelas em que o partido vai exigir "medidas concretas" nessa eventual negociação, apresentando assim uma espécie de caderno de encargos sobre cada uma destas áreas com aquelas que são as propostas do partido.
"Sabemos que a mera soma de deputados não faz só por si uma maioria estável. Essa estabilidade depende de medidas concretas que invertam e corrijam as escolhas da maioria absoluta do PS", enfatizou.
A líder do BE anunciou que em 20 de janeiro será apresentado o programa eleitoral do partido às legislativas de 10 de março e será "com base nessas propostas e no seu debate público" que os bloquistas assumem "a responsabilidade de abrir caminhos de diálogo, de clareza e de mobilização, para concretizar medidas" que façam deste ato eleitoral antecipado o "início de uma mudança decisiva para o povo".
Questionada sobre se já tinha falado sobre esta disponibilidade de negociação com o secretário-geral eleito do PS, Pedro Nuno Santos, Mortágua respondeu que não e que o diálogo que manteve com o socialista foi apenas para o "cumprimento de cortesia" após a sua eleição.
Sobre o `timing´ para este anúncio, a manhã do dia em que começa o congresso do PS, a coordenadora bloquista explicou que se trata da dia seguinte à reunião do órgão bloquista e que este é "o momento certo para o fazer" e, por isso, "nem é tarde nem é cedo", tendo referido antes que o PS já "fez a sua definição interna" e por isso "é preciso ter toda a transparência, toda a clareza".
"Há uma responsabilidade da esquerda de dar um horizonte de esperança ao país. Foi essa a responsabilidade que assumimos em 2015 quando assinamos um acordo com o PS para reverter as medidas da direita. O que é preciso hoje é muito mais do que isso", avisou.
Referindo que "em 2019 o PS recusou um acordo escrito e rompeu o diálogo com a esquerda", Mortágua reiterou que o compromisso do partido é "negociar medidas para resolver os problemas do Portugal".
Interrogada sobre se este eventual acordo pós-eleitoral poderá ser no mesmo formato da geringonça em 2015, ou seja de incidência parlamentar, ou se o BE admite assumir outras responsabilidades e ter uma presença no Governo, a bloquista não respondeu diretamente e disse apenas que aquilo que o partido quer é "garantir que há maioria no parlamento em torno de medidas concretas".
"Todos os partidos têm a responsabilidade de dizer como é que vão resolver cada problema que Portugal enfrenta e esta é a única forma de termos uma campanha eleitoral que seja transparente, esclarecedora ao país, que diga ao país o que é que cada partido vai fazer num cenário em que ninguém quer uma maioria absoluta", disse.
Em conferência de imprensa em Lisboa, Mariana Mortágua assumiu "toda a responsabilidade da clareza e de informar os eleitores sobre ao que vem" o partido nas próximas eleições, considerando que "Portugal precisa de soluções para os problemas que foram criados, que foram mantidos e que foram muitas vezes agravados pela maioria absoluta".
De acordo com a líder bloquista, é o voto no BE que "garante de que Portugal vai ter uma maioria comprometida com um programa de esquerda e com medidas que solucionem os problemas que a maioria absoluta não soube resolver e que agravou".
Mariana Mortágua elencou as áreas da habitação, saúde, educação, salários, clima e cuidados para a infância e velhice como aquelas em que o partido vai exigir "medidas concretas" nessa eventual negociação, apresentando assim uma espécie de caderno de encargos sobre cada uma destas áreas com aquelas que são as propostas do partido.
"Sabemos que a mera soma de deputados não faz só por si uma maioria estável. Essa estabilidade depende de medidas concretas que invertam e corrijam as escolhas da maioria absoluta do PS", enfatizou.
A líder do BE anunciou que em 20 de janeiro será apresentado o programa eleitoral do partido às legislativas de 10 de março e será "com base nessas propostas e no seu debate público" que os bloquistas assumem "a responsabilidade de abrir caminhos de diálogo, de clareza e de mobilização, para concretizar medidas" que façam deste ato eleitoral antecipado o "início de uma mudança decisiva para o povo".
Questionada sobre se já tinha falado sobre esta disponibilidade de negociação com o secretário-geral eleito do PS, Pedro Nuno Santos, Mortágua respondeu que não e que o diálogo que manteve com o socialista foi apenas para o "cumprimento de cortesia" após a sua eleição.
Sobre o `timing´ para este anúncio, a manhã do dia em que começa o congresso do PS, a coordenadora bloquista explicou que se trata da dia seguinte à reunião do órgão bloquista e que este é "o momento certo para o fazer" e, por isso, "nem é tarde nem é cedo", tendo referido antes que o PS já "fez a sua definição interna" e por isso "é preciso ter toda a transparência, toda a clareza".
"Há uma responsabilidade da esquerda de dar um horizonte de esperança ao país. Foi essa a responsabilidade que assumimos em 2015 quando assinamos um acordo com o PS para reverter as medidas da direita. O que é preciso hoje é muito mais do que isso", avisou.
Referindo que "em 2019 o PS recusou um acordo escrito e rompeu o diálogo com a esquerda", Mortágua reiterou que o compromisso do partido é "negociar medidas para resolver os problemas do Portugal".
Interrogada sobre se este eventual acordo pós-eleitoral poderá ser no mesmo formato da geringonça em 2015, ou seja de incidência parlamentar, ou se o BE admite assumir outras responsabilidades e ter uma presença no Governo, a bloquista não respondeu diretamente e disse apenas que aquilo que o partido quer é "garantir que há maioria no parlamento em torno de medidas concretas".
"Todos os partidos têm a responsabilidade de dizer como é que vão resolver cada problema que Portugal enfrenta e esta é a única forma de termos uma campanha eleitoral que seja transparente, esclarecedora ao país, que diga ao país o que é que cada partido vai fazer num cenário em que ninguém quer uma maioria absoluta", disse.