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BCE reduz juros para 4,5% (actualização)

O Banco Central Europeu (BCE) cortou hoje a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5%, no primeiro corte que aquela instituição realizou desde Outubro de 2000.

10 de Maio de 2001 às 13:08
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O Banco Central Europeu (BCE) cortou hoje a sua taxa directora, ou REFI, em 25 pontos base para os 4,5%, no primeiro corte que aquela instituição realizou desde Outubro de 2000.

A decisão da autoridade monetária europeia surpreendeu os analistas, que aguardavam a manutenção do preço do dinheiro nos anteriores 4,75%, depois dos últimos indicadores apontarem para um aumento da inflação da Zona Euro no mês de Abril.

O BCE foi o último dos principais bancos centrais mundiais a baixar as taxas de juro depois do início deste ano, na tentativa de impulsionar o crescimento económico.

A decisão do BCE surgiu depois do Banco Central de Inglaterra ter cortado hoje a sua principal taxa de juro em 25 pontos base para os 5,25%, naquela que foi a terceira diminuição realizada este ano no Reino Unido, um país que não integra a Zona Euro.

A Reserva Federal (FED) norte-americana já desceu a sua taxa de referência por quatro vezes desde o início de Janeiro, num total de 200 pontos base, para os actuais 4,5%.

Depois do corte realizado hoje pelo BCE, o preço do dinheiro passou a ser idêntico na Zona Euro e nos Estados Unidos (EUA), o que sucede pela primeira desde a criação da União Económica e Monetária (UEM).

Inflação da Zona Euro deverá voltar a crescer em Abril

Em Março, a taxa de inflação da zona da moeda única, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), cresceu para os 2,6%, acima da meta de 2% traçada pelo BCE.

Os primeiros indicadores avançados recolhidos em alguns Estados da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, apontam para um novo incremento dos preços em Abril, com os produtos alimentares reflectirem os efeitos da doença das vacas loucas e da crise da febre aftosa.

A descida do preço do dinheiro pode incentivar os consumidores e empresas a aumentarem os seus níveis de consumo e de investimento, o que poderá contribuir para colocar mais pressão sobre os preços.

Segundo estimativas divulgadas recentemente pela Comissão Europeia, a inflação da Zona Euro deverá situar-se nos 2,2% no final do corrente ano.

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