Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCE mantém juros da Zona Euro nos 4,5%

O BCE manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 4,5%, uma decisão que foi de encontro às previsões dos analistas, preferindo aguardar pelo recuo das pressões inflacionistas antes de baixar o preço do dinheiro na Zona Euro.

05 de Julho de 2001 às 12:45
  • ...
O Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a sua taxa directora inalterada nos 4,5%, uma decisão que foi de encontro às previsões dos analistas, preferindo aguardar pelo recuo das pressões inflacionistas antes de baixar o preço do dinheiro na Zona Euro.

Os sinais de aumento da inflação europeia têm vindo a acumular-se nos últimos meses, limitando o espaço de manobra do BCE em questões relacionadas com a política monetária.

O presidente da autoridade monetária europeia, Wim Duisenberg, já defendeu que os recentes aumentos dos preços na zona da moeda única estiveram relacionados com «efeitos temporários», decorrentes da subida dos preços do petróleo no ano passado e com o encarecimento dos bens no sector alimentar, devido à doença das vacas loucas e à crise da febre aftosa.

Os analistas estimam que a autoridade monetária da Zona Euro poderá vir a descer a sua principal taxa de juro antes do final deste ano, caso se confirmem as expectativas de descida da inflação nos próximos meses.

Em Maio, a taxa de inflação da zona da moeda única, medida pelo índice de preços no consumidor (IPC) harmonizado, cresceu para os 2,9%, afastando-se da meta de 2% delineada pela autoridade monetária europeia.

No mesmo mês, o crescimento da massa monetária da Zona Euro, ou M3, que funciona como um indicador avançado relativamente à evolução da inflação, aumentou a uma taxa anual de 5,4%, elevando para 4,9% a taxa média dos últimos três meses, acima do objectivo de 4,5% estipulado pelo BCE.

No entanto, o índice de preços no produtor (IPP) na Zona Euro aumentou 0,2% em Maio, abaixo dos 0,3% previstos pelos analistas, indiciando que a inflação europeia poderá inverter a trajectória ascendente nos próximos meses, segundo dados avançados ontem pelo Eurostat, o departamento de estatísticas da União Europeia (UE).

Entre os principais bancos centrais mundiais, o BCE é aquele que menos baixou as taxas de juro desde o início deste ano. No dia 10 de Maio, o BCE cortou a sua taxa directora em 25 pontos base para os actuais 4,5%, efectuando a primeira diminuição dos juros em cerca de dois anos.

Este movimento compara com a diminuição total de 275 pontos base efectuada pela Reserva Federal (FED) norte-americana desde o dia 3 de Janeiro, em seis ocasiões distintas, para os actuais 3,75%, na tentativa de impulsionar o crescimento da maior economia mundial.

A descida das taxas de juro costuma impulsionar o crescimento económico, através da diminuição dos encargos decorrentes dos empréstimos contraídos pelos consumidores e investidores. No entanto, esta medida pode também levar ao aumento das pressões inflacionistas, devido ao incremento da procura.

Outras Notícias
Publicidade
C•Studio