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BCE e FMI desvalorizam impacto do preço do petróleo na economia

O aumento dos preços do petróleo não representa ameaça suficiente para que o Fundo Monetária Internacional reveja em baixa as previsões para o crescimento da economia mundial e o BCE considera que esta evolução tem um efeito limitado na actividade económi

27 de Maio de 2004 às 13:00
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O aumento dos preços do petróleo não representa ameaça suficiente para que o Fundo Monetária Internacional reveja em baixa as previsões para o crescimento da economia mundial e o BCE considera que esta evolução tem um efeito limitado na actividade económica.

As últimas previsões do FMI, divulgadas o mês passado, apontavam para um crescimento de 4,6% da economia mundial, este ano, uma revisão em alta face aos 4,1% avançados em Setembro de 2003.

«Na conjuntura actual os riscos de subida e de descida dos preços estão equilibrados, é por isso que mantemos as nossas previsões» explica Raghuram Rajan, num seminário em Tóquio.

Nas previsões divulgadas em Abril, o FMI fixou o preço do petróleo em 30 dólares, quando actualmente o preço de referência já subiu para 36 dólares. Mesmo assim o FMI não vai rever as estimativas, disse Rajan.

O impacto da subida do preço do petróleo pode atingir os 0,4% no crescimento do PIB mundial, os 0,5% no crescimento dos Estados Unidos e os 0,2% no produto do Japão, disse a mesma fonte, acrescentando que o impacto nas economias da China e outras economias asiáticas pode ser superior.

Wellink diz que actual preço do petróleo tem efeito limitado na economia

Já Nout Wellink, Governador do Banco Central da Holanda e membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, afirma que a escalada do preço do petróleo está a ter um efeito limitado na economia mundial, porque a procura e os preços reais não estão tão elevados como na crise de 1973.

«Depende do espaço temporal com que formos confrontados com estes preços», disse Wellink, explicando que «de acordo com os nosso modelos, o efeito será pouco mais que limitado».

A mesma fonte exemplificou ainda que «se compararmos os preços de hoje com os mais elevados dos anos 70, o valor a que chegamos nessa altura pode ser convertido para cerca de 80 dólares hoje».

Hoje o preço do crude em Nova Iorque seguia a descer 1,52% para os 40,08 dólares o barril.

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