Notícia
Banco central de Angola prevê economia a crescer 3,3% e inflação entre 9 e 11% em 2023
O "outlook" foi dado pelo banco central, no mesmo dia em que a autoridade monetária decidiu descer todas as taxas de juro diretoras do país.
20 de Janeiro de 2023 às 19:41
O governador do Banco Nacional de Angola (BNA) estimou hoje que a economia angolana cresça 3,3% em 2023, podendo a inflação ficar num dígito e terminar o ano nos 9%.
José de Lima Massano apresentou as previsões após a 109.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM), em que foi decidida a descida de todas as taxas diretoras do banco central.
Em 2022, o Produto Interno Bruto cresceu em torno de 3,17%, suportado essencialmente pelo setor não petrolífero com destaque para os serviços mercantis, setor diamantífero, agricultura e setor de construção.
O responsável do BNA avançou que, em 2022, foi observada "uma forte desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação, no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos", fixando-se nos 13,86%.
"O comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares", explicou Lima Massano.
Para 2023, o BNA prevê que a economia nacional prossiga uma trajetória ascendente, crescendo a uma taxa em torno de 3,3%.
Quanto à taxa de inflação, "perspetiva-se que continue o seu percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano entre 9% a 11%", como resultado do comportamento favorável das variáveis referidas.
"Temos um comportamento de preços em contraciclo com o que está a acontecer em outras economias e cria-se uma oportunidade para ter taxas de juro mais favoráveis", sublinhou o responsável, acrescentando que o BNA está a migrar para o regime de metas de inflação. "Pretendemos alcançar um dígito de inflação e modernizar os nossos instrumentos", continuou.
Durante a conferência de imprensa em que foram apresentadas as conclusões do CPM, o governador do BNA abordou também o mercado cambial que "continua o seu caminho" e tem conseguido "corrigir os desequilíbrios", afirmando que estão a ser tomadas medidas para que as operações cambiais sejam cada vez menos uma dificuldade para pessoas e empresas.
Fez também uma avaliação positiva do sistema financeiro, indicando que o BNA tem realizado inspeções, regularmente, a todos os bancos, com "avanços assinaláveis".
O responsável referiu igualmente que o BNA vai rever medidas que ainda condicionam o acesso ao crédito da habitação, nomeadamente "limitações que não decorrem da vontade dos bancos", mas que se pretende ajudar a desbloquear, e revelou que cerca de 33% do crédito à habitação foi concedido.
José de Lima Massano apresentou as previsões após a 109.ª reunião do Comité de Política Monetária (CPM), em que foi decidida a descida de todas as taxas diretoras do banco central.
O responsável do BNA avançou que, em 2022, foi observada "uma forte desaceleração do nível geral dos preços, com a taxa de inflação, no final do ano, a alcançar os valores mais baixos dos últimos cinco anos", fixando-se nos 13,86%.
"O comportamento da inflação deveu-se ao curso da política monetária, à apreciação da moeda nacional em relação às moedas usadas nas trocas comerciais, bem como ao aumento e regularidade da oferta de bens de amplo consumo, com destaque para os bens alimentares", explicou Lima Massano.
Para 2023, o BNA prevê que a economia nacional prossiga uma trajetória ascendente, crescendo a uma taxa em torno de 3,3%.
Quanto à taxa de inflação, "perspetiva-se que continue o seu percurso de desaceleração em 2023, terminando o ano entre 9% a 11%", como resultado do comportamento favorável das variáveis referidas.
"Temos um comportamento de preços em contraciclo com o que está a acontecer em outras economias e cria-se uma oportunidade para ter taxas de juro mais favoráveis", sublinhou o responsável, acrescentando que o BNA está a migrar para o regime de metas de inflação. "Pretendemos alcançar um dígito de inflação e modernizar os nossos instrumentos", continuou.
Durante a conferência de imprensa em que foram apresentadas as conclusões do CPM, o governador do BNA abordou também o mercado cambial que "continua o seu caminho" e tem conseguido "corrigir os desequilíbrios", afirmando que estão a ser tomadas medidas para que as operações cambiais sejam cada vez menos uma dificuldade para pessoas e empresas.
Fez também uma avaliação positiva do sistema financeiro, indicando que o BNA tem realizado inspeções, regularmente, a todos os bancos, com "avanços assinaláveis".
O responsável referiu igualmente que o BNA vai rever medidas que ainda condicionam o acesso ao crédito da habitação, nomeadamente "limitações que não decorrem da vontade dos bancos", mas que se pretende ajudar a desbloquear, e revelou que cerca de 33% do crédito à habitação foi concedido.