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Áustria quer imposto sobre investimentos de curto prazo na UE
Os investidores financeiros de curto prazo deveriam pagar um novo imposto da União Europeia, para ajudar a financiar os 25 países membros, na opinião de Wolfgang Schüssel, chanceler da Áustria, que assume este semestre a presidência da UE.
Os investidores financeiros de curto prazo deveriam pagar um novo imposto da União Europeia, para ajudar a financiar os 25 países membros, na opinião de Wolfgang Schüssel, chanceler da Áustria, que assume este semestre a presidência da UE.
Schüssel, citado pela edição «online» do «Financial Times», disse que a UE deve procurar novas formas de financiar as suas operações, de forma a evitar uma repetição do impasse verificado no ano passado, para a aprovação de um novo orçamento para sete anos, no valor de 862 mil milhões de euros.
Em declarações, proferidas no Parlamento Europeu, na apresentação da agenda austríaca para a presidência da UE neste semestre, aquele responsável afirmou que a UE poderia aumentar as suas receitas se fixasse impostos sobre as actividades financeiras especulativas de curto prazo ou definindo alvos como os viajantes internacionais, tanto a nível aéreo como marítimo.
"Não está certo que a especulação financeira de curto prazo não esteja sujeita a qualquer tipo de tributação", declarou Schüssel, acrescentando que também não concorda com o facto de o transporte aéreo e marítimo não ser alvo de imposto.
As propostas de Schüssel para um imposto comunitário deverão enfrentar a oposição de inúmeros Estados-membros, mas a ideia de aumentar os «recursos próprios» da UE parece contar com o apoio da Alemanha e da Comissão Europeia.
O Reino Unido rejeita a ideia de um imposto da UE, considerando-a uma diminuição da soberania nacional, e o plano de Schüssel – que afectaria países com bastos sectores de serviços financeiros, grandes aeroportos internacionais e ligações marítimas – não deverá ganhar adeptos britânicos.
As decisões relativas aos impostos requerem unanimidade. O imposto sobre as receitas de poupanças que entrou em vigor no ano passado esteve mais de 15 anos a ser analisado.