O aumento governamental do imposto de valor acrescentado (IVA) em três pontos percentuais irá impulsionar a economia paralela em cerca de cinco mil milhões de euros, segundo o diário alemão "Handelsblatt" que cita um estudo.

O sector da construção e os empresários em nome individual são os grupos mais propensos a não declarar a nova taxa de IVA, de acordo com o especialista em assuntos de economia paralela, Friedrich Schneider da Universidade de Linz.

O executivo germânico, liderado por Ângela Merkel reviu em alta o IVA de 16 para 19%, uma medida que entrou em vigor com o início de 2007, com o objectivo de reduzir o défice orçamental.

O porta-voz do ministro das finanças alemão afirmou ao "Handelsblatt" que o aumento não irá ter um impacto "significante" na economia paralela.

No entanto, de acordo com Schneider, o IVA a 19% levará a um aumento de trabalho não declarado na ordem dos 3,3 e os 4,8 mil milhões de euros, colocando o valor global da economia paralela em cerca de 350 mil milhões de euros.