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Aumento do salário mínimo devia ser "substancialmente inferior", defende porta-voz do PSD

O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD defende um aumento do salário mínimo, mas que fique abaixo dos 705 euros. Para Joaquim Miranda Sarmento, a subida está a ser feita "às custas da produtividade da economia portuguesa".

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O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, considera que o aumento do salário mínimo devia ser "substancialmente inferior" ao que tem sido admitido, que colocaria a fasquia nos 705 euros no próximo ano.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Joaquim Miranda Sarmento afirmou que o PSD "não é contra o aumento do salário mínimo", mas defendeu que há elementos que devem ser considerados na definição da subida: a produtividade da economia e a mediana dos salários a nível nacional.  

"A produtividade da economia portuguesa tem vindo a cair nos últimos seis ou sete anos. Portanto, estamos a aumentar o salário mínimo muito acima do que é o crescimento da produtividade e isso é prejudicial", considerou o economista.

Além disso, acrescentou, "Portugal é dos países da OCDE onde o salário mínimo mais se aproxima da mediana" que, neste momento, ronda os 850 euros. "Isso também não é positivo porque está a criar pressão sobre o emprego daqueles que têm salários um pouco acima do salário mínimo", disse.

"Dito isto, acho que a subida do salário mínimo no médio prazo é sempre importante, tem de continuar a subir. Mas mais importante do que isso é que devíamos estar a discutir porque é que a mediana e o salário médio não sobem. E enquanto esses dois não subirem, as subidas do salário mínimo serão sempre feitas à custa da produtividade da economia portuguesa", defendeu Joaquim Miranda Sarmento.

"Passar para os 705 euros significa um aumento de [quase] 50 euros, o que é quase um aumento de 10%. Teria de ser um aumento substancialmente inferior", afirmou.

Tal como o Negócios noticiou recentemente, subir o salário mínimo para 705 euros  em 2022 implica um aumento de 40 euros, o equivalente a uma subida nominal de 6% - a mais alta desde 1993. 

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