Notícia
Analistas, economistas e políticos pedem a Biden o alívio das sanções à Venezuela
Numa carta aberta, os signatários apelam ao Governo norte-americano que insista em negociações substantivas e produtivas para resolver a crise venezuelana.
15 de Abril de 2022 às 09:56
Vinte e cinco analistas, economistas, académicos e políticos venezuelanos enviaram uma carta aberta ao Presidente dos EUA, pedindo a Joe Biden para "aliviar as sanções" internacionais contra a Venezuela.
"Exortamos ao Governo dos Estados Unidos a negociar posições no melhor interesse do povo venezuelano e a ultrapassar as pressões políticas internas nos EUA que até agora infelizmente têm dificultado o progresso das negociações", explicam na missiva, que é também dirigida aos representantes do setor privado e à sociedade civil venezuelana.
No documento, os signatários, apelam ainda ao Governo norte-americano que insista em negociações substantivas e produtivas para resolver a crise venezuelana". Instam ainda o Governo venezuelano, os partidos políticos e a opositora Plataforma Unitária da Venezuela "a retomar os processos de negociação sem demora".
"Não há mais tempo a perder. As sanções económicas e a política de máxima pressão não alcançaram os seus objetivos", sublinham.
O documento explica ainda que "embora as sanções económicas não estejam na origem da emergência humanitária na Venezuela, exacerbaram gravemente as condições para o cidadão médio venezuelano".
"A grande maioria da população vive na pobreza, com insegura alimentar e exposta a severas deficiências de saúde. A eletricidade, o saneamento e a qualidade da água encontram-se num estado de profunda deterioração. As negociações devem colocar as questões humanitárias no centro e fazer avançar a sua solução com a urgência que requerem", explicam.
Os signatários sugerem que as negociações político-institucionais e económicas construam confiança e boa vontade para novos acordos, sem posições extremas que outras partes considerem impossíveis de aceitar.
"75% dos venezuelanos condenam contundentemente as sanções sectoriais e apenas 10% quer que se mantenham. É evidente que estas sanções não beneficiaram o povo venezuelano", sublinham.
Por outro lado, explicam que pediram ao Presidente Nicolás Maduro "que aceite reformas políticas e eleitorais significativas e prossiga com a libertação dos presos políticos".
"O Governo (venezuelano) deve reconhecer que os acordos não podem estar limitados ao âmbito económico. Também sugerimos à oposição, na Venezuela, a necessidade de se unificar em torno de princípios básicos e realistas que sustentem possíveis acordos. Exortámos a oposição a não ficar refém de vozes extremistas que apenas perpetuam o doloroso 'status quo'", explicam.
No documento, pedem ainda materializar acordos "que permitam o regresso de companhias petrolíferas ocidentais e outras privadas para rejuvenescer o sector petrolífero venezuelano, o que irá gerar emprego e promover a produção local. O Governo venezuelano deve permitir que as empresas giram os projetos petrolíferos, os seus contratantes e as receitas de exportação, recebendo ao mesmo tempo os royalties e impostos correspondentes", prosseguem.
Pedem ainda que as empresas aportem tecnologia e capital ao setor e que os acordos petrolíferos contribuam para "mitigar a crise humanitária, fornecendo medicamentos, alimentos e combustível, bem como outros bens e serviços necessários para garantir os direitos à saúde, educação, alimentação e qualidade de vida da população através de mecanismos livres de corrupção que envolvam acordos entre o governo e a oposição".
Sublinham ainda que com o regresso das empresas ocidentais, a produção petrolífera venezuelana pode aumentar significativamente dentro de alguns meses.
"O petróleo venezuelano, que até agora tem sido vendido exclusivamente à China com descontos significativos, deverá estar disponível nos mercados americano e mundial para contrariar o efeito da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A Venezuela pode mais uma vez contribuir para a segurança energética do mundo livre e potencialmente ajudar a moderar os preços dos combustíveis", afirmam, recordando que "a Venezuela está no hemisfério ocidental".
"Exortamos ao Governo dos Estados Unidos a negociar posições no melhor interesse do povo venezuelano e a ultrapassar as pressões políticas internas nos EUA que até agora infelizmente têm dificultado o progresso das negociações", explicam na missiva, que é também dirigida aos representantes do setor privado e à sociedade civil venezuelana.
"Não há mais tempo a perder. As sanções económicas e a política de máxima pressão não alcançaram os seus objetivos", sublinham.
O documento explica ainda que "embora as sanções económicas não estejam na origem da emergência humanitária na Venezuela, exacerbaram gravemente as condições para o cidadão médio venezuelano".
"A grande maioria da população vive na pobreza, com insegura alimentar e exposta a severas deficiências de saúde. A eletricidade, o saneamento e a qualidade da água encontram-se num estado de profunda deterioração. As negociações devem colocar as questões humanitárias no centro e fazer avançar a sua solução com a urgência que requerem", explicam.
Os signatários sugerem que as negociações político-institucionais e económicas construam confiança e boa vontade para novos acordos, sem posições extremas que outras partes considerem impossíveis de aceitar.
"75% dos venezuelanos condenam contundentemente as sanções sectoriais e apenas 10% quer que se mantenham. É evidente que estas sanções não beneficiaram o povo venezuelano", sublinham.
Por outro lado, explicam que pediram ao Presidente Nicolás Maduro "que aceite reformas políticas e eleitorais significativas e prossiga com a libertação dos presos políticos".
"O Governo (venezuelano) deve reconhecer que os acordos não podem estar limitados ao âmbito económico. Também sugerimos à oposição, na Venezuela, a necessidade de se unificar em torno de princípios básicos e realistas que sustentem possíveis acordos. Exortámos a oposição a não ficar refém de vozes extremistas que apenas perpetuam o doloroso 'status quo'", explicam.
No documento, pedem ainda materializar acordos "que permitam o regresso de companhias petrolíferas ocidentais e outras privadas para rejuvenescer o sector petrolífero venezuelano, o que irá gerar emprego e promover a produção local. O Governo venezuelano deve permitir que as empresas giram os projetos petrolíferos, os seus contratantes e as receitas de exportação, recebendo ao mesmo tempo os royalties e impostos correspondentes", prosseguem.
Pedem ainda que as empresas aportem tecnologia e capital ao setor e que os acordos petrolíferos contribuam para "mitigar a crise humanitária, fornecendo medicamentos, alimentos e combustível, bem como outros bens e serviços necessários para garantir os direitos à saúde, educação, alimentação e qualidade de vida da população através de mecanismos livres de corrupção que envolvam acordos entre o governo e a oposição".
Sublinham ainda que com o regresso das empresas ocidentais, a produção petrolífera venezuelana pode aumentar significativamente dentro de alguns meses.
"O petróleo venezuelano, que até agora tem sido vendido exclusivamente à China com descontos significativos, deverá estar disponível nos mercados americano e mundial para contrariar o efeito da guerra da Rússia contra a Ucrânia. A Venezuela pode mais uma vez contribuir para a segurança energética do mundo livre e potencialmente ajudar a moderar os preços dos combustíveis", afirmam, recordando que "a Venezuela está no hemisfério ocidental".