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Altar-palco afinal vai custar 2,9 milhões de euros

Depois da polémica em torno do valor gasto para a Jornada Mundial da Juventude, que decorrerá em Lisboa na primeira semana de agosto, o presidente da Câmara de Lisboa anunciou que o valor do altar-palco será, afinal, de 2,9 milhões de euros, uma redução de 30% face ao valor inicialmente avançado.

António Pedro Santos / Lusa
10 de Fevereiro de 2023 às 13:08
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O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, anunciou esta sexta-feira a redução dos gastos nas infraestruturas que vão receber a Jornada Mundial da Juventude, que decorrer na capital de 1 a 6 de agosto. 

O palco-altar principal, no parque Tejo Trancão, cujo valor inicial ascendia a mais de quatro milhões de euros, vai custar, afinal, 2,9 milhões, o que representa uma redução de 30%. "Tivemos uma redução da altura do palco, passando para 4 metros, e uma redução substancial também no número de pessoas que estavam no palco, que passa a ter menos 760 pessoas, e com isso reduzimos a área de implantação de toda esta infraestrutura", justificou o autarca.

Já o palco que ficará no Parque Eduardo VII, que "será uma imagem para o mundo", Carlos Moedas anunciou que a estrutura poderá ascender aos 450 mil euros, sendo que este valor será suportado pela organização local da Jornada Mundial da Juventude. Com esta revisão dos preços, "temos uma redução de custos de 1,7 milhões de euros", sintetizou o presidente da Câmara de Lisboa.

O investimento total da autarquia poderá ascender até aos 35 milhões de euros, sendo que até 25 milhões de euros ficarão na cidade. "Estamos a falar de um investimento líquido de 10 milhões, porque o resto vai ficar para a cidade", frisou Moedas.

A revisão do orçamento acontece após o valor inicialmente iniciado ter gerado controvérsia, tendo em conta o atual contexto económico. 

Acompanhado pelo bispo Auxiliar de Lisboa, Américo Aguiar, o autarca reforçou que este evento trará à cidade até 1,5 milhões de pessoas. "Estamos a falar de um evento esmagador, de um espaço que corresponde a 100 km, a cidade de Lisboa durante uma semana terá um suplemento de 10% da população", afirmou o bispo Auxiliar de Lisboa, reforçando que "o compromisso é de total transparência" em relação ao processo. "Dói-me como cidadão e como bispo, que às vezes estejamos num contexto de que todos somos aldrabões, isso não é verdade", acrescentou, classificando os últimos 15 dias "como infernais".

Marcelo satisfeito com redução de custos

O Presidente da República manifestou o seu agrado com a redução dos custos públicos com os palcos da Jornada Mundial da Juventude. "Em vez de sete milhões [valor aproximado da soma dos dois palcos], se passa para dois e 900. Eu acho que valeu a pena aquilo que a comunicação social e muita gente, [aquilo que] a sociedade portuguesa fez, como apelo, e nestes tempos difíceis de guerra, de inflação", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

O chefe de Estado acrescentou que, "com a subida de preço e as dificuldades da vida, era preciso de facto baixar" os custos destes palcos da Jornada, que decorre entre 1 e 6 de agosto. "Fico satisfeito pelo esforço feito por todos para baixar para muito menos de metade", rematou, em Celorico da Beira, no distrito da Guarda, onde visitou a 44.ª edição da Feira do Queijo do concelho.

Marcelo Rebelo de Sousa reiterou que "houve, de facto, um peso da opinião pública, que, de uma forma muito pacífica, percebeu que neste tempo de guerra, neste tempo de dificuldades para tantos portugueses, era de fazer um esforço". "Um esforço grande, o que é difícil, porque a obra já estava em curso", acrescentou.


Notícia atualizada às 13h58
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