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Alemanha acaba com feriado e vende fundos de pensões para reduzir défice

O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, anunciou hoje que um dos feriados nacionais vai ser transferido para um domingo, e vender as responsabilidades de vários fundos de pensões de empresas públicas, com o objectivo de reduzir o défice orçament

04 de Novembro de 2004 às 15:35
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O ministro das Finanças da Alemanha, Hans Eichel, anunciou hoje que um dos feriados nacionais vai ser transferido para um domingo, e vender as responsabilidades de vários fundos de pensões de empresas públicas, com o objectivo de reduzir o défice orçamental do país.

O défice orçamental da Alemanha, este ano, deve subir para 43,7 mil milhões de euros, o que representa um novo recorde desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

Para combater a subida do défice, o ministro das Finanças anunciou hoje várias medidas, sendo que uma delas prevê a venda das responsabilidades dos fundos de pensões de empresas participadas pelo Estado, como a Deutsche Telecom e a Deutsche Post.

Em 2005, pelo quarto ano consecutivo, a Alemanha deverá violar o Pacto de Estabilidade e Crescimento, com um défice acima dos 3% do Produto Interno Bruto, segundo as previsões dos organismos internacionais. «Com este pacote de medidas vamos assegurar que a Alemanha cumpra o limite do défice em 2005 e que o montante do endividamento no orçamento não exceda o investimento», explicou Eichel.

Outras das medidas e talvez a mais polémica para os alemães, é a transferência do feriado do Dia da Reunificação, actualmente celebrado a 3 de Outubro, para um Domingo, conseguindo assim mais um dia de trabalho por ano no país.

Foram já vários os deputados da oposição a classificarem Gerhard Schroeder e ministro das Finanças de «traidores à pátria», por quererem eliminar um dos feriados mais importantes do país.

Nos fundos de pensões da Deutsche Telecom e da Deutsche Post vão ser alienadas as responsabilidades avaliadas em 18 mil milhões de euros. O Estado vai assegurar o pagamento das pensões dos trabalhadores que se reformem com a venda no mercado, de 5,5 milhões de euros destes fundos.

A fraca actividade económica, com uma quebra nas receitas fiscais e a subida dos custos com subsídio de desemprego são várias das razões que o ministro das Finanças aponta para o desequilíbrio das contas.

A utilização dos fundos de pensões de empresas públicas para reduzir o défice orçamental é um expediente que já foi utilizado pela França e por Portugal.

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