Notícia
AEP subscreve medidas de apoio às empresas e emprego, mas alerta para limitações, exigências e urgência
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal, alerta para o facto de "continuarem a existir algumas limitações e exigências", nomeadamente que nem todas as empresas sejam abrangidas pelo 'lay-off' simplificado (apenas as que estão encerradas por determinação legal), mantendo-se a exigência da manutenção de postos de trabalho.
15 de Janeiro de 2021 às 15:49
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) subscreve as medidas de apoio às empresas e ao emprego anunciadas pelo Governo no âmbito do novo confinamento, mas alerta para "limitações e exigências" e para a urgência de "acelerar" a sua execução.
Citado num comunicado divulgado hoje, o presidente da associação afirma que as medidas anunciadas na quinta-feira pelo ministro da Economia e da Transição Digital "embora não sejam completamente novas, vão no sentido do que a AEP tem vindo a defender: o reforço, a extensão e a aceleração na execução".
Luís Miguel Ribeiro (na foto) alerta, contudo, para o facto de "continuarem a existir algumas limitações e exigências", nomeadamente que nem todas as empresas sejam abrangidas pelo 'lay-off' simplificado (apenas as que estão encerradas por determinação legal), mantendo-se a exigência da manutenção de postos de trabalho.
Por outro lado, a AEP salienta que, "num contexto em que as empresas estão muito mais fragilizadas e em pior situação económica e financeira do que estavam no início de 2020, é imperativo que as medidas cheguem rapidamente às empresas, sob pena do seu encerramento definitivo, com impactos muito negativos no emprego e na criação de riqueza".
"O país não pode negligenciar que este novo confinamento surge num período de recessão profunda da atividade económica, após uma quebra estimada do PIB [Produto Interno Bruto] em 2020 em torno de 8%, praticamente o dobro da queda estimada para a economia mundial", lembra o presidente.
Para a associação, é por isso "fundamental antecipar as verbas da 'bazuca' europeia, que ascende a 57,9 mil milhões de euros" (se acrescida dos valores por executar do Portugal 2020), num total de "mais de cinco mil milhões de euros/ano durante uma década, que são agora absolutamente necessários".
Paralelamente, Luís Miguel Ribeiro considera "urgente atuar no domínio das cadeias de contágio, com um rastreamento mais célere dos contactos, atendendo a que 87% das cadeias de transmissão não são conhecidas, como referem os especialistas".
"Só com um conjunto alargado de intervenções é que teremos uma maior probabilidade de combater a pandemia e evitar uma escalada sem precedentes de destruição da capacidade produtiva e do emprego, que se sobrepõe a uma quebra brutal da atividade económica", conclui.
O Presidente da República decretou na quarta-feira a modificação do estado de emergência em vigor, a partir da passada quinta-feira, e a sua renovação por mais 15 dias, até 30 de janeiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.
Este é o nono decreto do estado de emergência no atual contexto de pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Citado num comunicado divulgado hoje, o presidente da associação afirma que as medidas anunciadas na quinta-feira pelo ministro da Economia e da Transição Digital "embora não sejam completamente novas, vão no sentido do que a AEP tem vindo a defender: o reforço, a extensão e a aceleração na execução".
Por outro lado, a AEP salienta que, "num contexto em que as empresas estão muito mais fragilizadas e em pior situação económica e financeira do que estavam no início de 2020, é imperativo que as medidas cheguem rapidamente às empresas, sob pena do seu encerramento definitivo, com impactos muito negativos no emprego e na criação de riqueza".
"O país não pode negligenciar que este novo confinamento surge num período de recessão profunda da atividade económica, após uma quebra estimada do PIB [Produto Interno Bruto] em 2020 em torno de 8%, praticamente o dobro da queda estimada para a economia mundial", lembra o presidente.
Para a associação, é por isso "fundamental antecipar as verbas da 'bazuca' europeia, que ascende a 57,9 mil milhões de euros" (se acrescida dos valores por executar do Portugal 2020), num total de "mais de cinco mil milhões de euros/ano durante uma década, que são agora absolutamente necessários".
Paralelamente, Luís Miguel Ribeiro considera "urgente atuar no domínio das cadeias de contágio, com um rastreamento mais célere dos contactos, atendendo a que 87% das cadeias de transmissão não são conhecidas, como referem os especialistas".
"Só com um conjunto alargado de intervenções é que teremos uma maior probabilidade de combater a pandemia e evitar uma escalada sem precedentes de destruição da capacidade produtiva e do emprego, que se sobrepõe a uma quebra brutal da atividade económica", conclui.
O Presidente da República decretou na quarta-feira a modificação do estado de emergência em vigor, a partir da passada quinta-feira, e a sua renovação por mais 15 dias, até 30 de janeiro, para permitir medidas de contenção da covid-19.
Este é o nono decreto do estado de emergência no atual contexto de pandemia de covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.994.833 mortos resultantes de mais de 93 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 8.543 pessoas dos 528.469 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.