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AD “será forçada” a medidas populares mas CGTP antecipa mais contestação

O receio de instabilidade política pode conduzir a Aliança Democrática (AD) a tomar medidas mais populares, mas o novo contexto político vai levar "a uma degradação completa das condições de vida e de trabalho", diz o novo líder da CGTP. Tiago Oliveira diz não ter dúvidas: vai haver mais contestação.

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A instabilidade política deverá "forçar" a AD a aprovar medidas populares, mas os programas eleitorais e a nova relação de forças no Parlamento vão levar a "uma degradação completa das condições de vida e de trabalho", considera o secretário-geral da CGTP.

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, Tiago Oliveira, que foi eleito líder da maior central sindical há um mês, considera que é inevitável um aumento da contestação.

Embora admita a aprovação de medidas que aumentem o salário dos polícias ou recuperem o tempo de serviço dos professores, Tiago Oliveira mostra-se preocupado com a ascensão do Chega – que explica com o financiamento do "grande capital" – e acrescenta que PSD e CDS não darão resposta aos problemas.

"Vai haver uma degradação completa das condições de vida e trabalho", afirma o secretário-geral da CGTP. No novo ciclo político, "não há dúvidas, tem que aumentar a contestação".


CGTP não tem dúvidas que "tem de aumentar a contestação"
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O secretário-geral da CGTP antecipa um aumento da contestação no novo quadro político. Tiago Oliveira apela à participação nos desfiles do 25 de abril e do 1º de maio.



A intenção de flexibilizar os horários de trabalho (por acordo), as restrições propostas às portarias de extensão ou a intenção de dar prioridade à concertação social com propostas "ajustadas à realidade de cada setor, ao invés do Código do Trabalho" são propostas do programa eleitoral da AD criticadas pelo novo líder da CGTP ao longo da entrevista.

Sublinhando que a CGTP teve um papel importante no lançamento da discussão sobre o salário mínimo, o secretário-geral da central sindical insiste numa subida intercalar do salário mínimo para chegar aos 1.000 euros este ano.

Questionado sobre a quebra da CDU, que teve os piores resultados de sempre (ficando em sexto lugar com 3,3% dos votos e 4 deputados), o membro do comité central do PCP diz que cabe ao partido tirar ilações.

"Sobre isso respondi há pouco quando disse, ou tentei dizer, que houve uma aposta do capital para se aproveitar do descontentamento que existia", conclui.

 

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