Notícia
Ações de imobiliárias chinesas disparam com sinais de apoio de Pequim
As empresas que registaram as subidas mais acentuadas foram aquelas cuja cotação sofreu a maior queda nos últimos meses.
25 de Julho de 2023 às 11:23
A cotação das ações das principais construtoras da China disparou esta segunda-feira, após o Partido Comunista Chinês ter sugerido um relaxamento das medidas restritivas que mergulharam o setor imobiliário numa crise de liquidez.
A meio da sessão na Bolsa de Valores de Hong Kong, o índice que acompanha as principais empresas imobiliárias da China subiu 5,1%.
As empresas que registaram as subidas mais acentuadas foram aquelas cuja cotação sofreu a maior queda nos últimos meses, incluindo a Longfor Group (21,92%) ou a Country Garden (14,29%), bem como a subsidiária de gestão imobiliária desta última, a CG Services (21,32%).
Também nos mercados da China continental, um índice que acompanha a evolução dos títulos das imobiliárias avançou 4,2%, durante a sessão da manhã.
A reunião do Politburo do Partido Comunista, que se realizou na segunda-feira e foi liderada pelo Presidente da China, Xi Jinping, reconheceu "alterações importantes", entre a oferta e a procura no mercado imobiliário, e prometeu "ajustar e otimizar" as medidas para o setor em "tempo útil", fazendo "bom uso" dos instrumentos políticos à disposição das autoridades.
"São sinais interessantes, já que a desaceleração do setor imobiliário é um dos principais desafios enfrentados pela economia [chinesa]. Parece que o governo reconheceu a importância das mudanças políticas no setor para estabilizar a economia", disse Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
A situação financeira de muitas construtoras chinesas deteriorou-se, após os reguladores chineses passarem a exigir às empresas, em 2020, um teto de 70% na relação entre passivos e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à Covid-19.
A consequente desconfiança entre os potenciais compradores levou a um abrandamento do mercado e a uma queda preocupante dos preços, já que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. O setor da construção constitui ainda um terço do PIB chinês.
Segundo dados oficiais, as vendas de imóveis, medidas por área de terreno, caíram 5,3%, no primeiro semestre do ano, já após terem afundado 24,3%, em 2022.
A meio da sessão na Bolsa de Valores de Hong Kong, o índice que acompanha as principais empresas imobiliárias da China subiu 5,1%.
Também nos mercados da China continental, um índice que acompanha a evolução dos títulos das imobiliárias avançou 4,2%, durante a sessão da manhã.
A reunião do Politburo do Partido Comunista, que se realizou na segunda-feira e foi liderada pelo Presidente da China, Xi Jinping, reconheceu "alterações importantes", entre a oferta e a procura no mercado imobiliário, e prometeu "ajustar e otimizar" as medidas para o setor em "tempo útil", fazendo "bom uso" dos instrumentos políticos à disposição das autoridades.
"São sinais interessantes, já que a desaceleração do setor imobiliário é um dos principais desafios enfrentados pela economia [chinesa]. Parece que o governo reconheceu a importância das mudanças políticas no setor para estabilizar a economia", disse Zhang Zhiwei, economista-chefe da Pinpoint Asset Management, citado pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post.
A situação financeira de muitas construtoras chinesas deteriorou-se, após os reguladores chineses passarem a exigir às empresas, em 2020, um teto de 70% na relação entre passivos e ativos e um limite de 100% da dívida líquida sobre o património, suscitando uma crise de liquidez no setor, que foi agravada pelas medidas de combate à Covid-19.
A consequente desconfiança entre os potenciais compradores levou a um abrandamento do mercado e a uma queda preocupante dos preços, já que o imobiliário é um dos principais veículos de investimento das famílias chinesas. O setor da construção constitui ainda um terço do PIB chinês.
Segundo dados oficiais, as vendas de imóveis, medidas por área de terreno, caíram 5,3%, no primeiro semestre do ano, já após terem afundado 24,3%, em 2022.