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“A sindicalização do Ministério da Educação acabou!”
“Já não há sindicalização do Ministério da Educação, como houve políticos que em tempos denunciaram. Isso acabou.”. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, lamenta que os professores queiram um tratamento dif
"Já não há sindicalização do Ministério da Educação, como houve políticos que em tempos denunciaram. Isso acabou.". Em entrevista ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, lamenta que os professores queiram um tratamento diferente dos restantes funcionários públicos no que diz respeito à avaliação, e critica o excesso de mediatismo do secretário-geral da Fenprof.
A poucas horas de enfrentar aquela que deverá ser a maior manifestação de sempre da classe docente, Valter Lemos diz-se "tranquilo" e rejeita a ideia de que o Governo quer "politizar a escola" ao ter a possibilidade de dissolver os órgãos da escola." O ME tem e deve ter esse poder porque estamos a falar da escola pública, que é uma escola do Estado, tutelada por um Governo democraticamente eleito", explica. Ainda assim, e em resposta às acusações dos sindicatos que garantem que as razões para essa dissolução não são claras no diploma, o secretário de Estado sublinha que "o que lá está escrito é que o Governo pode destituir na sequência de processo inspectivo que prove o bloqueio do funcionamento da escola".
Em relação à avaliação, Valter Lemos diz que não entende "como é que os sindicatos podem explicar que os professores devem ter uma avaliação com efeitos diferentes e princípios diferentes daqueles que têm todos os outros funcionários públicos, já para não falar da actividade privada. Este modelo de avaliação segue os princípios do modelo de avaliação que rege toda a Administração Pública, com as devidas adaptações".
Numa altura em que as relações entre os sindicatos e o Governo estão cada vez mais "quentes", Valter Lemos aproveitou ainda a entrevista para criticar o mediatismo de Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof. . "O presidente da Fenprof, como disse um colega seu na SIC, aparece mais vezes na televisão do que o Paulo Bento. E isso diz tudo. A comunicação social tem dado cobertura à ideia de que o ministro sombra da Educação é o dirigente sindical", conclui.