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167 líderes antecipam 2023

Custos das empresas vão subir, incluindo os salariais. Vencimentos vão ser aumentados, mas quase todos perdem poder de compra. A guerra é ainda o maior fator de risco e, também por isso, a inflação é o maior desafio. Um cenário mais cinzento que, ainda assim, não tira o sono a gestores e decisores.

Clara Raposo

Clara Raposo

Vice-Governadora, Banco de Portugal

2023: Previsibilidade e Bom Senso. Depois da pandemia, que deixou as economias em "standby", com os Estados a ampararem quase tudo e todos e os bancos centrais a acomodarem, 2022 trouxe uma nova guerra, desta vez contra um inimigo bem visível. Com a desaceleração de economias de peso como a da China, a guerra no Leste da Europa e a confusa geopolítica da energia, tornou-se mais difícil implementar receitas "tradicionais" de políticas públicas. Em 2023, teremos de saber combater para injetarmos confiança na economia. Os atuais desafios exigem coragem: que se una o motor da iniciativa privada e do investimento das empresas ao desenho e implementação de políticas públicas também elas responsáveis. Em 2023, no dia em que verificarmos uma convincente descida da inflação, voltaremos a ganhar previsibilidade - e a confiança em que investirmos agora será então reforçada.

Negócios jng@negocios.pt 02 de Janeiro de 2023 às 10:07
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Será revelador, embora não surpreendente, que a "inflação" - escrita 89 vezes ao longo destas páginas - prevaleça sobre "Portugal", "empresas", "guerra" ou "incerteza" entre todas as palavras aqui partilhadas. Não é para menos: o aumento dos preços, que já condicionou a vida das famílias e das empresas em 2022, ameaça encavalitar-se igualmente a 2023. O ano parece, sem dúvida, "fragilizado", como refere

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