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Protocolo do CCB com Fundação Berardo está a ser revisto
Vasco Graça Moura, presidente do Centro Cultural de Belém, garante que o protocolo com a Fundação Berardo está a ser revisto. Vasco Graça Moura revela, ainda, que tentou sensibilizar Vítor Gaspar para o estado do CCB e admite convidar a nova ministra para almoçar.
O CCB (Centro Cultural de Belém) viu as verbas do Estado cortadas em 20%, tendo este ano recebido 6,72 milhões de euros. Mas o apoio público à Fundação Berardo leva 1,2 milhões de euros. Vasco Graça Moura, presidente do CCB, garante que "esta situação é insustentável", por isso, garante que "está em revisão o protocolo que temos com a Fundação Berardo". Está no CCB o Museu Berardo.
Em entrevista ao "Diário económico", Vasco Graça Moura lembra que o CCB precisa de obras. Dá como exemplo o equipamento do ar condicionado que está obsoleto. Aliás, chegou a convidar Vítor Gaspar para almoçar e no fim mostrou-lhe esse equipamento, para que "ficasse sensibilizado para a dimensão dos nossos problemas". Não lhe pediu nada, mostrou-lhe. E, agora, admite: "Qualquer dia tenho de a convidar [à nova ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque] para almoçar, espero que ela tenha a gentileza de aceitar o convite".
Confesso opositor do Acordo Ortográfico, Vasco Graça Moura diz ser uma questão "nacional, de empenhamento cívico". Acredita que se vai acabar "com este sistema aberrante que, há uns anos para cá, o anterior Governo tentou impor à força e que este não soube corrigir".
Acredita que vai acabar, mas alerta para os custos. Quanto mais tarde acabar, pior, diz, porque "mais caro fica, sobretudo em termos de livros escolares, de identificação de dispositivos de aprendizagem".
Na análise ao momento político, Vasco Graça Moura acredita que "este Governo levará o mandato até ao fim e fará o que for possível, mas penso que isso não basta, que a ideia do Presidente da República de que haja um entendimento que ultrapasse o mandato deste Governo e vá para além dele é absolutamente fundamental".
Assume votar PSD e, por isso, se Passos Coelho for o líder nas próximas eleições votará nele. "Voto em quem for o líder", assume, dizendo não ser filiado, mas apoiante. Mas Passos Coelho, no seu entender, "tem mostrado ser um líder muito corajoso. Não concordo com certas críticas que lhe fazem de ele e António José Seguro pertencerem à mesma família, de terem tido o mesmo trajecto. Penso que tem sido um bom líder, muito corajoso e tem querido enfrentar os problemas sem se esconder ou dispersar".