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Morreu o ator e encenador Jorge Silva Melo

O ator e encenador português Jorge Silva Melo morreu na noite de segunda-feira aos 73 anos.

D.R.
Negócios 15 de Março de 2022 às 00:59
"É com pesar que comunicamos a morte de Jorge Silva Melo, director e fundador dos Artistas Unidos, aos 73 anos, no Hospital da Luz em Lisboa, vítima de doença oncológica", referem os Artistas Unidos em comunicado.

"Um dos grandes, dos que mais fez durante décadas a fio, escrevendo, encenando, ensinando, filmando, representando, deixou-nos hoje. Muito se dirá amanhã sobre ele, por quem esteja mais bem preparado para o fazer do que eu. Eu estou apenas triste. Este início de ano com mortes sucessivas, guerra, solidão, tem sido devastador", escreveu por seu lado o pianista Nuno Vieira de Almeida, citado pela Lusa.

Nascido em Lisboa, a 7 de Agosto de 1948, tirou a licenciatura em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa. Estudou também na London Film School.

 

Fundou e dirigiu, com Luís Miguel Cintra, o Teatro da Cornucópia (1973/79).

 

Bolseiro da Fundação Gulbenkian, estagiou em Berlim junto de Peter Stein e em Milão junto de Giorgio Strehler.

 

É autor do libreto de Le Château dês Carpathes (baseado em Júlio Verne) de Philippe Hersant, das peças Seis Rapazes Três Raparigas, António, Um Rapaz de Lisboa, O Fim ou Tende Misericórdia de Nós, Prometeu, Num País Onde Não Querem Defender os Meus Direitos, Eu Não Quero Viver baseado em Kleist, de Não Sei (em colaboração com Miguel Borges), O Navio dos Negros, A Fala Da Criada Dos Noailles Que No Fim De Contas Vamos Descobrir Chamar-Se Também Séverine Numa Noite Do Inverno De 1975, Em Hyères, Sala Vip e O Grande Dia da Batalha.

 

Fundou em 1995 a sociedade Artistas Unidos de que era director artístico.

Realizou as longas-metragens Passagem ou A Meio Caminho, Ninguém Duas Vezes, Agosto, Coitado do Jorge, António, Um Rapaz de Lisboa, a curta-metragem A Felicidade e os documentários António Palolo  e Joaquim Bravo, Évora, 1985, etc, etc, Felicidades, Conversa com Glicínia, Conversas em Leça em Casa de Álvaro Lapa,  Nikias Skapinakis - O Teatro dos Outros, Álvaro lapa: A Literatura, António Sena, A Mão Esquiva, Ângelo de Sousa: Tudo o que sou capaz, A Gravura: Esta Mútua Aprendizagem,  Bartolomeu Cid dos Santos/Por Terras Devastadas, Ana Vieira: e o que não é visto, Nikias Skapinakis (continuando) 2012, A África de José Guimarães, Ainda não Acabámos, como se fosse uma carta, Sofia Areal: Um Gabinete Anti-dor e Fernando Lemos – como? Não é retrato?.

 

Traduziu obras de Carlo Goldoni, Luigi Pirandello, Oscar Wilde, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Lovecraft, Michelangelo Antonioni, Pier Paolo Pasolini, Heiner Müller, Harold Pinter e Max Frisch, entre outros.



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