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Coliseu do Porto ainda dá prejuízo

O Coliseu do Porto continua a aproximar-se do “break-even”, mas ainda dá prejuízo. Fechou 2015 com um resultado negativo de 34,7 mil euros, pouco mais de um terço do registado no ano anterior. O passivo teve um corte de 38 mil euros, fixando-se em 442 mil euros.

Eduardo Martins
03 de Maio de 2016 às 16:33
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Duas décadas após a manifestação em defesa da continuidade do Coliseu do Porto como principal sala de espectáculos da cidade, contra a tentativa de compra do edifício pela Igreja Universal do Reino de Deus, o equipamento continua a não conseguir pisar palco financeiro positivo.

Apesar disso, o Coliseu do Porto tem vindo a melhorar a sua sustentabilidade financeira – fechou 2015 com um prejuízo de 34,7 mil euros, o que traduz uma redução da ordem dos 60% face aos 86 mil euros verificados no ano anterior. Em 2013, os prejuízos tinham atingido os 129 mil euros.

"Para se afastar de resultados de exercício negativos, aproximar-se do ‘break-even’, como neste momento já está a acontecer, e até ultrapassar um estado de equilíbrio periclitante, teve que se modernizar nos métodos de trabalho e de negócio, mobilizar colaboradores, alterar mentalidades e fazer rupturas e, não menos importante, incrementar a qualidade da sua programação, aprofundando a vocação para ocupar um território multifuncional", enfatiza Eduardo Paz Barroso, presidente da Associação "Amigos do Coliseu do Porto".

Inaugurado em 1941 e gerido desde 1995 pela associação fundada por Estado, autarquia e Área Metropolitana do Porto, o Coliseu do Porto viu o seu passivo recuar cerca de 38 mil euros, para se fixar, a 31 de Dezembro de 2015, em 442 mil euros.

De acordo com o relatório e contas da instituição, que foi aprovado por unanimidade em assembleia-geral, na passada sexta-feira, a rubrica subsídios à exploração ascendeu a 181 mil euros no último exercício, dos quais 120 mil tiveram origem na Secretaria de Estado da Cultura.

Registou-se ainda um novo apoio, de quase 41 mil euros, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, e a renovação do protocolo com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e União das Misericórdias Portuguesas, no valor de pouco mais de 20 mil euros.

O saldo das prestações de serviços aumentou 18% em 2015 para 859 mil euros. As receitas obtidas com os espectáculos de acolhimento (71) cresceram 64%, para 525 mil euros, enquanto as que chegaram com a produção própria diminuíram 18% para 334 mil euros.

No ano passado, o Coliseu do Porto realizou 128 espectáculos, mais 24 do que no ano anterior, aos quais assistiram 223 mil pessoas, mais 35 mil do que em 2014.

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