O poeta e escritor Vasco Graça Moura morreu ao fim da manhã deste domingo 27 de Abril no hospital da Luz vítima de doença prolongada. Nascido a 3 de Janeiro de 1942 na Foz do Douro, Graça Moura viveu uma longa carreira na política e na cultura. Em Janeiro de 2012 foi nomeado para a presidência da Fundação Centro Cultural de Belém.

Uma das batalhas que protagonizou nos últimos tempos centrou-se no acordo ortográfico, assumindo uma posição frontalmente contra a sua aplicação.

Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, Graça Moura iniciou a sua carreira como advogado, actividade que exerceu entre 1966 e 1983.

Depois do 25 de Abril de 1974 aderiu ao PSD e integrou os quarto e sexto governos provisórios, como secretário de Estado da Segurança Social e dos Retornados, respectivamente. Mais tarde, de 1999 a 2009 foi deputado do Parlamento Europeu pelo PSD integrando o Partido Popular Europeu.

Assumiu cargos como director da RTP 2, em 1978, administrador da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, entre 1979 e 1989, liderou a comissão executiva para as comemorações do centenário de Fernando Pessoa em 1988 assim como para as comemorações dos Descobrimentos Portugueses entre 1988 e 1995. Foi ainda comissário de Portugal para a Expo de Sevilha, entre 1988 e 1992.

Ainda que a sua obra se inicie na década de 60 do século XX, é nos anos 80 que Vasco Graça Moura se assume como escritor, poeta, ensaísta e tradutor. “Modo Mundano” é a sua primeira obra em poesia, datando de 1963.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho já transmitiu à família as suas condolências, considerando que “este é um momento de luto para a Cultura e para a vida cívica do nosso país. Portugal perdeu hoje um dos seus maiores cidadãos”.

Veja aqui e aqui a biografia mais pormenorizada de Vasco Graça Moura.