Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Trabalho remoto permite viagens épicas em pandemia

Sem filhos, hipoteca ou escritórios que os prendam, alguns americanos têm saltado de cidade em cidade em busca de novos cenários e espaços abertos.

Bruno Simão/Negócios
03 de Outubro de 2020 às 17:00
  • ...

Para alguns, uma pandemia não é o momento ideal para viajar. No entanto, para alguns jovens nos Estados Unidos, é o momento perfeito.

Durante o verão no hemisfério norte, Bret Collazzi e a noiva Di Gao decidiram cancelar o contrato de arrendamento do apartamento em Nova Iorque, comprar um carro e passar o futuro previsível a viajar pelo país enquanto trabalhavam remotamente. Primeiro passaram algumas semanas em Catskills, e o plano para o outono é conduzir de Nova Iorque até Seattle, depois seguir para cidades na Califórnia, Texas e voltar pelo Louisiana.

"Sempre conversámos sobre como seria viver em outros lugares, mas nunca tivemos a coragem de simplesmente agir e mudar", disse Collazzi, de 36 anos, consultor de desenvolvimento económico. "Nunca parecia o momento certo para fazer isso. Que melhor época para testar como é estar em todas essas cidades de que sempre falámos?".

Sem filhos, hipoteca ou escritórios que os prendam, alguns americanos têm pulado de cidade em cidade em busca de novos cenários e espaços abertos.

A impulsionar essa tendência estão alguns grandes empregadores que só esperam o retorno dos funcionários ao longo de 2021. Embora alguns bancos de Wall Street já pressionem as equipas para voltarem aos escritórios, grandes empresas de tecnologia, como Google, da Alphabet, Facebook e Amazon.com estenderam as políticas de teletrabalho - e algumas até tornaram o acordo permanente.

Pessoas como Collazzi, que podem trabalhar remotamente, descobrem que as restrições impostas às viagens internacionais estimulam o turismo doméstico.

Mais de 34% das pessoas substituíram parte ou todo o trabalho presencial pelo remoto de 2 a 14 de setembro, de acordo com a pesquisa Household Pulse Survey, do Censo dos EUA. Pessoas com empregos de baixa remuneração normalmente não tinham a mesma flexibilidade dos que ganham mais: mais de 61% das famílias que recebem mais de 100 mil dólares por ano disseram que puderam substituir o teletrabalho por algum trabalho presencial, em comparação com 25% das famílias que ganham menos de 100 mil dólares.

Ver comentários
Saber mais Estados Unidos Bret Collazzi Nova Iorque questões sociais economia negócios e finanças demografia emigrantes Informação sobre empresas grandes empresas
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio