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Sánchez diz que Espanha tem mais de 3 milhões de infetados e implementa novas restrições

O presidente do governo espanhol quer reduzir a mobilidade e as reuniões sociais e familiares, de modo a diminuir o número de contágios, afirmando que “não há outra solução”.

Reuters
23 de Outubro de 2020 às 13:17
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Numa altura em que a Europa enfrenta a segunda vaga da pandemia, Sánchez revela que o número real de espanhóis infetados ultrapassa já os três milhões, pelo que devem ser tomadas medidas excecionais.

A situação espanhola é mais grave do que aparenta, de acordo com as declarações de Sánchez, sendo que é necessário atuar para "travar a curva e deter a pandemia". Os números oficiais apontam para pouco mais de 1 milhão de casos confirmados.

"A situação não é comparável com a de 14 de março e queremos evitar chegar a esse ponto, pelas consequências que traz para as nossas vidas e economia", insistiu o presidente espanhol, acrescentando que "para conter os contágios, o que temos de fazer é reduzir a mobilidade e os contactos entre as pessoas, não há outra alternativa ".

Os dados oficiais de Espanha revelam que o país vizinho atingiu a 22 de outubro um pico máximo de mais de 320 novos casos por milhão de habitantes, medidos pela média móvel a sete dias, que é um indicador menos volátil.



Um dia depois do governo ter aprovado, com as comunidades autonómas, novas medidas para combater a Covid-19, Sánchez veio a público aclarar o estado da pandemia na Espanha. Em causa estão a implementação de novas regras, tais como o recolher obrigatório, defendido por várias comunidades espanholas, como Castela e Leão e Valência.

O Governo espanhol comprometeu-se a estudar esta medida e, sobretudo, a cobertura jurídica de que necessita, embora o Ministro da Saúde, Salvador Illa, tenha afirmado em diversas ocasiões que isso implicaria a declaração de estado de alerta.

Madrid optou por não aplicar o recolher obrigatório, todavia vai limitar a mobilidade e as reuniões sociais e familiares noturnas (entre a meia noite e as 6 da manhã). As regras continuam apertadas para os estabelecimentos comerciais e restaurantes com fecho obrigatório às 22h. As salas de cinema, teatros e instalações desportivas têm a sua capacidade reduzida a metade e os parques públicos irão continuar encerrados, de acordo com o El País.

Contudo, as regras não são as mesmas em todo o território espanhol. O presidente da Junta de Castilla e León, Alfonso Fernández Mañueco, anunciou que esta comunidade terá recolher obrigatório, uma "medida drástica" que entra em vigor já a partir de amanhã (dia 24).

O ministro da saúde espanhol, Salvador Illa, reconheceu esta sexta-feira, segundo o El País, que serão necessários apoios caso o país tenha de voltar a confinar.

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