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Sánchez dá autonomia às regiões para decidirem estado de emergência

Ante a evolução "preocupante" da pandemia, o primeiro-ministro espanhol anunciou, entre outras medidas, a possibilidade de as regiões autonómicas decidirem sobre o estado de emergência.

Reuters
25 de Agosto de 2020 às 14:38
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Pedro Sánchez anunciou esta terça-feira que as comunidades autonómicas da Espanha terão autonomia para decidir sobre a declaração de estado de emergência.

No final de um encontro do governo, o primeiro-ministro espanhol disse, citado pela imprensa local, que "a evolução da curva da pandemia é preocupante e é preciso achatá-la".

Confrontado com a deterioração da crise pandémica no país, Sánchez apelou ao fim das lutas partidárias e aproveitamentos políticos da crise sanitária, apontando que "o inimigo é o vírus".

O líder do PSOE recomendou aos presidentes das regiões autonómicas espanholas que declarem emergência se considerarem que tal é necessário para conter a propagação do novo coronavírus.

"A situação no nosso país não é homogénea. Há províncias que parecem ter conseguido maior eficácia no controlo do vírus e que têm um cenário mais tranquilo. Outras estão com problemas para fazer frente à situação", argumentou Pedro Sánchez.

O governante colocou ainda à disposição dos governos autonómicos 2 mil elementos do exército para ajudar as regiões rastrear focos de contágio.

Em conferência de imprensa, Pedro Sánchez apoiou a utilização da aplicação Radar Covid, defendendo que se 20% da população descarregasse a aplicação seria possível reduzir em 30% a curva de contágios.

Também esta manhã surgiu um novo foco de tensão no executivo de coligação entre o PSOE e o Unidas Podemos (aliança eleitoral entre Podemos e a Esquerda Unida).

O líder do Podemos e vice-primeiro-ministro, Pablo Iglesias, aproveitou a presença na primeira reunião do governo espanhol desde o regresso das férias para criticar a ministra da Educação, Isabel Celáa.

Segundo revelaram fontes do Podemos à agência Efe, Iglesias acusou a ministra socialista de "falta de liderança" numa altura em que o regresso às aulas será presencial apenas para alguns anos, enquanto outros graus de escolaridade apenas terão um regresso semi-presencial às aulas.

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