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Reino Unido adia nova fase de desconfinamento em quatro semanas

O Reino Unido vai adiar em quatro semanas o último passo do seu plano de desconfinamento. Nesse período de tempo vão ser vacinadas mais pessoas com as duas doses necessárias para fazer frente à variante indiana.

Boris Johnson reuniu-se ontem em Bruxelas com Von der Leyen.
John Sibley/Reuters
14 de Junho de 2021 às 19:02
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou esta tarde que o país vai adiar em quatro semanas a data para o último passo do desconfinamento, com vista a poupar mortes e contágios desnecessários.

A situação será reavaliada dentro de duas semanas, mas os representantes do Governo citados pelos órgãos de comunicação ingleses consideram "improvável" que o país retome o plano nessa altura.

O problema foi levantado pelos modelos científicos utilizados pelo Governo britânico que antecipam que o número de hospitalizações possa alcançar os valores registados durante o pico de infeção no país caso seja tomado o próximo passo no levantamento de restrições.

A grande "culpada" parece ser a variante indiana da covid-19 e os dados mais recentes indicam a necessidade de duas doses de vacina para a criação de anticorpos contra esta estirpe delta. Normalmente uma dose consegue criar anticorpos suficientes para combater o vírus durante alguns meses.

As quatro semanas durante as quais o Governo pretende adiar o desconfinamento vão servir para vacinar milhões de pessoas com uma segunda dose e, nesse sentido, foi também reduzido o tempo entre doses para pessoas com mais de 40 anos. À semelhança do que já acontecia com os maiores de 60 anos, os vacinados com mais de 40 anos receberão a segunda dose de vacina oito semanas (em vez de 12) após a primeira injeção.

Desta forma, os modelos preveem evitar milhares de mortes por covid-19 no país.

Aos órgãos de comunicação social ingleses, um representante do Governo explicou que estas mortes "podem ser prevenidas" graças ao sistema vacinal e acrescentou que "a dada altura vamos ter que viver com este vírus, como acontece com a gripe; mas, quando temos vacinas eficazes e uma variante que precisa de duas doses para uma máxima proteção, faz sentido adiar [o desconfinamento] para salvar vidas".

Esta manhã surgiam já notícias de um possível adiamento no levantar das medidas restritivas no país, mas só ao final da tarde foram confirmadas.

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