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Portugal pode baixar para metade do limite de risco "em um a dois meses"

A tendência decrescente no índice de reprodução do coronavírus leva o INSA a estimar que Portugal poderá atingir a incidência de 60 casos por 100 mil habitantes (metade do limiar de risco) dentro de "um a dois meses".

23 de Abril de 2021 às 19:10
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A inversão na evolução do índice de transmissibilidade do SARS-CoV-2, o famoso Rt, leva o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) a estimar que Portugal pode atingir a incidência de 60 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, que é metade do limite de risco definido pelo Governo, dentro de "um a dois meses".

A projeção consta do quarto boletim de monitorização das linhas vermelhas da covid-19, elaborado pelo INSA e pela Direção-Geral de Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira.

O documento assinala que a incidência situa-se em 74 casos, com "tendência estável a nível nacional".

Em termos de escalões etários, a incidência mais elevada ocorre na população com 30 a 35 anos (122 casos por 100 mil habitantes) e a mais baixa nas pessoas com 85 ou mais anos (36 casos por 100 mil).

Já o Rt "apresenta valores inferiores a 1 a nível nacional (0,98) e nas várias regiões de saúde do continente, com exceção da região do Norte (1,07)".

 
Assim, destaca o relatório, "considerando o valor de Rt médio dos últimos 5 dias, que indica uma tendência decrescente, poderá atingir-se a incidência de 60 casos por 100 000 habitantes no prazo de um a dois meses".

Quanto ao número de internamentos em unidades de cuidados intensivos (UCI) no continente observa-se uma "tendência ligeiramente decrescente a estável, encontrando-se abaixo do valor crítico definido (245 camas ocupadas)".

 
Em termos da taxa de positividade, que mede a proporção de testes à SARS-CoV-2 que dão resultado positivo, a nível nacional o valor foi de 1,3%, permanecendo abaixo do "objetivo definido de 4%".

O número de testes realizados aumentou nos últimos sete dias, indica ainda o documento.

A variante britânica era responsável por 82,9% dos casos, enquanto a mutação associada à África do Sul representava 2,5% e a variante brasileira pesava 0,4%. Estes dados têm por base "a sequenciação genómica de amostras recolhidas em março". O INSA indica que "os dados de sequenciação relativos a abril serão disponibilizados dentro de dias".

 
Em conclusão, o relatório refere "uma situação epidemiológica com transmissão comunitária de moderada intensidade e reduzida pressão nos serviços de saúde". 

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